Cristãos – Um apelido dado aos crentes

Texto: Atos 11: 19-26



Introdução

Estudar a história do cristianismo é percorrer o caminho que nossos queridos irmãos e irmãs percorreram no passado e desde o primeiro século. Cristãos – foi um dos apelidos que receberam os seguidores de Cristo, e isso deu-se em Antioquia, onde Paulo e Barnabé passaram um ano ensinando o povo sobre o evangelho de Jesus Cristo. Mas antes de serem chamados de cristãos, tiveram um outro apelido “os do caminho” em Atos 9:2, e isso aconteceu na cidade de Damasco, onde Saulo ia com carta dos sacerdotes para prender os que fossem encontrados pregando o evangelho de Jesus Cristo. Os do caminho eram aqueles que acreditavam que Jesus é o caminho para o Pai e que se empenhavam em anunciar esta verdade a todas as pessoas que encontravam pelo caminho. No decorrer dos séculos outros apelidos tiveram nossos irmãos e sempre relacionados com o nome de seus guias espirituais. Montanistas, Paulicianos, Arnoldistas, Donatistas depois Anabatistas, Batistas, etc. O nosso nome não foi escolha nossa, foi um apelido que nos deram os inimigos do evangelho de Cristo. Como Batistas não temos um fundador humano e nem uma data de fundação de nossa denominação, como acontece com as demais denominações. Igreja Católica 590 Roma Gregório o Grande Igreja Luterana 1520 Alemanha Martinho Lutero Igreja Episcopal 1534 Inglaterra Henrique VIII Igreja Presbiteriana 1536 Suiça John Calvino Igreja Congregacional 1540 Inglaterra Robert Brow Igreja Metodista 1740 Inglaterra John Wesley Irmãos Unidos 1800 Marylend Filipe Willian Otterbein Igreja Mórmon 1830 USA Josef Smith Igreja Adventista 1931 Massachussetts Guilherme Miller Quanto aos Batistas, diz M. F. Ewton em seu livro “Verdades Fundamentais” não tenho dúvidas, sua origem é Bíblica; “Naqueles dias apareceu João, O Batista, pregando no deserto da Judéia, e dizia: Arrependei-vos porque está próximo o reino dos céus” Mateus 3:1,2. Mas o que diz a historia secular sobre os Batistas? Moshein: Era Luterano e afirmou: “Antes do aparecimento de Lutero e de Calvino, havia ocultos em quase todos os paises da Europa pessoas que aderiam finalmente aos princípios Batistas Irlandeses”. Zwinglio (1531) disse: “Eles tem causado grandes perturbações a 1.300 anos”, referindo-se aos Batistas. John Clark Ridpath, Metodista, escreveu em seu livro “História do mundo”: “No ano 100 da era cristã todos os cristãos eram Batistas”. Em 1819 a pedido do rei da Holanda, uma comissão investigou os escritos e práticas de diversas denominações para tornar oficial a que apresentasse maior substancia nas doutrinas. Entre outras conclusões, disse a comissão: “Pode-se afirmar que os Batistas são a única comunidade cristã que vem desde os dias de Cristo, e que tem guardado pura as doutrinas do evangelho através dos séculos”. Nossa história é muito importante, e quando a conhecemos passamos a amá-la, pois homens e mulheres morreram em defesa da palavra de Deus. Defender as doutrinas Batistas é defender a Bíblia e defender a Bíblia é defender as doutrinas Batistas.. Ser Batista é ser Bíblico e ser Bíblico é ser Batista. A história é importante, mas os princípios são mais importantes. Nós temos princípios e precisamos conhecê-los.

I- O Principio Cristológico. O Senhorio de Cristo


“Vós me chamais Mestre e senhor, e dizeis bem, porque eu Sou” João 13:13. Jesus Cristo é o Senhor nas Igrejas Batistas. Não reconhecemos nenhum chefe humano. Nossas doutrinas não são ditadas por homens, como acontece na maioria das denominações. Ex. O papa no catolicismo; o corpo governante nos Testemunhas de Jeová, etc. Não aceitamos ninguém que se interponha entre Cristo e o cristão. Em uma Igreja Batista, Jesus Cristo é o Senhor.

II- O Principio Biblico. A autoridade do Novo Testamento

Consideramos a Bíblia como a fonte de toda autoridade na Igreja. Do Novo Testamento são extraídos os princípios teológicos e as praticas doutrinárias. Todas as doutrinas e práticas que forem de encontro aos ensinos do Novo Testamento serão refutados como tradições de homens. A Bíblia é nossa única regra de fé e prática.

III- O Principio Eclesiástico. Uma membresia regenerada

Uma Congregação Batista observará sempre duas coisas: 1- Antes de admitir novos membros, o novo convertido deve evidenciar uma conversão genuína a Jesus Cristo, dando publico testemunho de sua fé. 2- O novo candidato deve ser batizado biblicamente. Para os Batistas o batismo bíblico requer 4 coisas: a)- Um candidato correto, ou seja, um cristão arrependido de seus pecados. b)- Um modo correto, isto é, mergulhado em água; c)- Um significado correto, ou seja, o batismo é simbólico; d)- Um administrador correto, alguém devidamente autorizado pela Congregação local. O batismo representa o novo nascimento e o memorial da ceia representa o desejo contínuo de santificação.

IV- O Principio Sociológico. Uma ordem democrática

Uma Igreja Batista é uma comunidade que se auto–governa. Seus membros escolhem seu presidente e os demais membros da diretoria pelo voto democraticamente. Não há ingerência administrativa de uma Igreja sobre as outras. A única relação que existe entre as Igrejas Batistas é de cooperação. As Igrejas se ligam umas às outras através de associações, convenções estaduais e nacionais, união Batista Latino-americana e Aliança Batista Mundial.

V- O Principio Espiritual. O da liberdade religiosa

Este principio surge de uma profunda convicção de que cada pessoa é responsável diante de Deus. Deus criou o homem e dotou-o de livre-arbítrio, de livre escolha. Assim, segundo os Batistas, a liberdade religiosa é a liberdade dada por Deus para crer. Esta liberdade consiste em 3 tipos de liberdade: liberdade de consciência; liberdade de adorar a Deus e liberdade de propagar o evangelho de Jesus Cristo.

VI- O Principio Político. Separação da Igreja do Estado

Os Batistas crêem que, assim como a Igreja não deve interferir em assuntos do Estado, assim também o Estado não deve interferir nas questões internas da Igreja. A Igreja tem como propósito a evangelização mundial. O estado tem por objetivo promover a ordem e o bem estar social. Não deve haver impostos para sustentação das Igrejas; não deve haver uma religião oficial no país, nem tampouco feriados religiosos nacionais favorecendo uma religião, nem ensino religioso obrigatório a cargo de um credo religioso. Fé e bandeira deve ser como água e óleo, não se misturam. “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” disse Jesus.

VII- O Principio do Evangelismo Pessoal e a Cooperação Missionária

Este principio afirma que cada crente Batista é um evangelista e que cada Igreja Batista é um elo de uma grande corrente missionária. Os Batistas crêem que o mandamento de Jesus: “Ide por todo mundo e pregai o evangelho a toda criatura” é de responsabilidade pessoal de cada crente, e coletivamente da Igreja como um corpo de cristãos organizados.

Conclusão

Qualquer pessoa, antes de se comprometer com uma Igreja ou denominação, deveria saber pelo menos sua origem e seus princípios.

 

Pr.Cirino Refosco
cirinorefosco@pibja.org

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