Sermões Online » amor http://sermoesonline.pibja.org Mensagens do Pr.Cirino Refosco Sun, 05 Mar 2017 12:23:00 +0000 en hourly 1 http://wordpress.org/?v=3.0 O sinal da cruz http://sermoesonline.pibja.org/2011/01/27/o-sinal-da-cruz/ http://sermoesonline.pibja.org/2011/01/27/o-sinal-da-cruz/#comments Thu, 27 Jan 2011 17:03:22 +0000 Cirino Refosco http://sermoesonline.pibja.org/?p=868 I Cor. 1:18-25

A cruz do calvário faz parte da história do mundo, e desde muito cedo em nossa cultura ouvimos falar dela, independentemente de ser ou não evangélico. A cruz, era na antiguidade símbolo de morte, era equipamento usado para penalizar bandidos horrendos, aqueles que cometiam crimes hodiondos. Era, portanto, a cruz, penalidade máxima para os fora da lei. Nesse tempo contemporâneo, para a grande maioria das pessoas, a cruz continua sendo sinal de morte. Basta que andemos pelas estradas de nosso país e encontraremos centenas delas indicando que alguém morreu naquele local. Algumas famílias fazem uma capelinha com uma cruz no topo. Passando pelos cemitérios, a cruz é símbolo obrigatório sobre as sepulturas, indicando morte.

Pensando biblicamente na cruz,  a encontramos no Calvário, ou monte da Caveira, ironicamente local reservado para executar malfeitores.  Nesse local estava o ponto culminante dos sofrimentos vicários do Salvador, é, outrossim, digna de toda consideração, porque trata da doutrina importante da expiação de nossos pecados. Da cruz de Cristo, fluem jatos luminosos e incandescentes sobre as horríveis trevas do pecado.

Que a cruz é um sinal de morte para a maioria das pessoas é verdade, mas mostraremos que a cruz é muito mais do que isso. É muito mais do que dois pedaços de pau. É sinal do sofrimento de Cristo, mas é também sinal de vida para aqueles que depositam sua fé no crucificado.

I- Para o crente a cruz é um sinal do poder de Deus.

O missionário aos gentios fala sobre a cruz: “Sei perfeitamente como parece tolice (loucura) àqueles que estão perdidos, quando ouvem que Jesus morreu para salvá-los. Nós, porem, que somos salvos, reconhecemos esta mensagem como o próprio poder de Deus. Deus diz: Eu destruirei todos os planos humanos de salvação, não importa quão sábios eles pareçam, e ignorei as melhores idéias dos homens, até as mais brilhantes. E continua  o apóstolo: Então, o que acontece com esses sábios, esses eruditos, esses grandes comentaristas das grandes questões mundiais? Deus fez com que todos eles parecessem ridículos, e mostrou que a sua sabedoria é uma tolice inútil. Deus, em sua sabedoria, providenciou para que o mundo nunca encontrasse a Deus através da inteligência humana. E então Ele se manifestou e salvou todos quantos creram em sua mensagem – essa mesma que o mundo considera absurda e ridícula. Parece absurda para os Judeus, porque eles desejam um sinal do céu como prova de que o que está sendo pregado é verdadeiro; e é ridícula para os gentios, porque eles crêem somente naquilo que concorde com a sua filosofia e lhes pareça sábio. Por isso, quando pregamos que Cristo morreu para salvá-los, os Judeus se ofendem e os gentios afirmam que tudo isso é loucura. Deus porém. Abriu os olhos dos que foram chamados apara a salvação, tanto Judeus como gentios, para verem que Cristo é o grandioso poder de Deus para salvá-los; o próprio Cristo é o centro do sábio plano de Deus para a salvação deles. Esse plano de Deus chamado de absurdo (loucura) é bem mais sábio do que o plano mais sábio do homem mais sábio, e Deus na sua fraqueza – Cristo morrendo na cruz – é muito mais forte do que qualquer homem” I Cor. 1:18 -25.

E por que os Judeus consideravam um escândalo a pregação da cruz? Pela simples razão de que eles não podiam conceber que o Messias tivesse de ser crucificado para salvar. E mais: Criam num Messias diferente – poderoso, dominador, que havia de vir reinar temporariamente no trono de Davi. A concepção de um Messias sofredor, escarnecido, era blasfêmia para os Judeus.

Por sua vez, os gregos  consideravam a pregação da cruz uma loucura, porque eles também não podiam conceber que um homem morrendo numa cruz pudesse salvar alguém.

E de fato, parece uma loucura, mas é verdade que Cristo salva. Daí a afirmativa de Paulo: “Aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação”.

Não quiseram os sábios do mundo conhecer a Deus, embora com tantas provas incontestáveis. “Pois a verdade sobre Deus é revelada entre eles instintivamente; Deus pôs esse conhecimento em seus corações” Rm 1:19. Por isso deixou Deus de lado a sabedoria humana e serviu-se da vergonha da cruz para salvar a humanidade.

E assim, a CRUZ é um sinal do amor e da misericórdia de Deus, na oferta do supremo sacrifício, em substituição a nós miseráveis pecadores.

II- Para o crente a cruz é um sinal da sabedoria de Deus.

Afirmando a justiça de Deus. A cruz e o sofrimento, que parecem loucura aos descrentes, são suprema sabedoria aos olhos de Deus. E quem não vê no sofrimento vicário de Cristo um plano magnífico da providencia de Deus, a despertar a consciência dos condenados, em face a monstruosidade de seus pecados? Por outro lado, quem não percebe através deste tão grande sofrimento, o coração de deus sangrando, vertendo lágrimas de profundo amor pela sorte dos perdidos? Só aquele, cuja mente esteja entenebrecida, aquele cujo entendimento esteja cego pelo príncipe das trevas. “Satanás, o deus deste mundo pecaminoso, o fez cego, incapaz de ver a glória do evangelho que está brilhando sobre ele, ou de compreender a mensagem maravilhosa que pregamos a cerca da gloria de Cristo, que é Deus” II Cor. 4:4.

Na cruz se evidencia, ainda, a sabedoria do alto, porque ela apregoa a paz, promovendo a reconciliação do pecador com Deus pois “Agora nós nos alegramos nesta nossa maravilhosa relação  para com Deus – tudo por causa do que o nosso Senhor Jesus Cristo fez ao morrer pelos nossos pecados – reconciliando-nos com Deus” Rm 5:11. “Todas essas coisas novas vem de Deus, que nos trouxe de volta a SI mesmo por meio daquilo que Cristo fez. E Deus nos deu o privilégio de insistir  com todos  para que se tornem aceitáveis diante dEle  e se reconciliem com ELE. Pois Deus estava em Cristo recuperando o mundo para SI, não levando mais em conta o pecado dos homens contra Ele, e sim apagando-os. Esta é a mensagem maravilhosa que ele nos deu para transmitir aos outros” II Cor. 5:18,19. Esta paz é perene, é eterna, baseada na perfeita justiça de Cristo.

III- Para o descrente a cruz é uma pedra de tropeço.

O incrédulo considera o poder da força física. Poderoso, valoroso e digno de admiração – só aqueles que vencem batalhas, conquistam posições, dominam impérios..

Cristo, porém, que só vence pelo espírito, porque fisicamente sofre e morre! Onde a vitória, dizem os materialistas? Isso não é herói!  Não nos empolga, tão pouco o que destila dos lábios de tão fraca criatura!

O incrédulo ignora completamente as leis do reino espiritual, do “Reino que não é deste mundo”,  cujas doutrinas são de amor, de misericórdia e de perdão; onde o mais digno e o mais heróico é o mais humilde e o mais sofredor.

O poder dos servos de Deus evidencia-se na fraqueza, em ser o menor, em servir, a exemplo do próprio Cristo. Isso é uma pedra de tropeço para muita gente.

Deus nos ensina que o seu poder se manifestas a partir das coisas pequenas e insignificantes aos olhos humanos.

Isso nos faz pensar na experiência do Profeta Elias no monte Horebe e abrigou-se numa caverna, precisava  ouvir a voz de Deus, pois estava angustiado com a situação de desavença com o rei Acabe. Havia andado 40 dias e 40 noites até aquele local. Deus falou ao seu coração e perguntou: “O que fazes aqui, Elias? Ele respondeu: Tenho trabalhado muito para o Senhor Deus o Universo; porém o povo de Israel não cumpriu o seu trato com o Senhor, derrubou os seus altares e matou os seus profetas e só eu fiquei, agora tentam me matar também. Saia daí e ponha-se diante de mim na montanha, disse o Senhor. Então o Senhor lhe ensinou  que o poder não estava na tempestade, nem no terremoto e nem no fogo, e sim na voz mansa e delicada” I Reis 19:8-13.

Enquanto os incrédulos reconheciam o poder nas legiões Romanas e se escandalizavam diante da figura sofredora da cruz, Deus faz o oposto e mostra que seu poder está na voz mansa e suave. Porque Deus fala ao coração de forma incontentável, isso é pedra de tropeço para os ditos sábios desse mundo. Qual o sábio que poderia levantar-se e dizer que Deus não falou? Diz-nos ainda a Bíblia: “Os Judeus, porém, que tão arduamente  procuraram estar bem com Deus guardando as suas leis, nunca tiveram resultado. E por que não? Porque estavam procurando ser salvos  guardando a lei e serem corretos em vez de contarem com a fé. Assim, tropeçaram na grande pedra de tropeço. Deus os advertiu disso nas escrituras, quando disse: Eu pus uma rocha no caminho dos Judeus, e muitos tropeçarão nela – Jesus. Todos quantos crerem nele nunca ficarão decepcionados” Rom. 9:31-33.

IV- Para o descrente a cruz é uma loucura.

O ideal grego era obter a felicidade pela cultura e pela licenciosidade. Daí, a filosofia  epicurista: “comamos e bebamos que amanhã morreremos”. Essa filosofia é notada na forma de ser de muita gente. Ser um cristão é simplesmente uma loucura. Como ser um cristão se há tanta coisa que posso me envolver neste mundo? Sexo, drogas, vida promiscua, engano, desonestidade, etc.

O ideal cristão, porém, é obter a felicidade através de uma vida pura, pacifica e santa. Daí, a morte de Cristo, por causa do pecado dos homens, ser uma loucura para os gregos. E Paulo disse enfaticamente: “Aprouve a Deus  salvar os crentes pela loucura da pregação”.

As palavras de Paulo são enérgicas: Não importa o que vocês estejam pensando, não importa o que estejam crendo. “Nós pregamos a Cristo Crucificado”, o poder e a sabedoria de Deus; porque sobre a cruz, a misericórdia e a verdade se uniram, a justiça e a paz se entrelaçaram.

Enquanto Cristo crucificado é visto pelo descrente como símbolo de fraqueza e loucura, a visão da fé transforma-O  no poder iluminador e regenerador de Deus!

Pr.Cirino Refosco
cirino@missoesnacionais.org.br

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A verdadeira prova de amor a Jesus http://sermoesonline.pibja.org/2011/01/17/a-verdadeira-prova-de-amor-a-jesus/ http://sermoesonline.pibja.org/2011/01/17/a-verdadeira-prova-de-amor-a-jesus/#comments Mon, 17 Jan 2011 12:10:22 +0000 Cirino Refosco http://sermoesonline.pibja.org/?p=852 João 14:21

Quando amamos sincera e ardentemente a alguém, fazemos tudo para não lhe contrariar a vontade. Ficamos até sentidos quando ofendemos, procurando logo reparar a ofensa praticada. Assim acontece com os que amam verdadeiramente a Jesus. Cristo disse: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando”. No texto citado, e nos versos subseqüentes, o Mestre reafirma enfaticamente este mesmo ensinamento, dando-lhe a máxima importância.

I- Qual é então a verdadeira prova de amor a Jesus?

É muito fácil dizer que amamos a Jesus, aliás, quase todas as pessoas dizem isso. Mas precisamos levar em consideração o que disse o apóstolo João “Não amemos de palavra e nem de língua, mas por obra e em verdade”. A verdadeira prova de amor a Cristo está em observarmos os seus mandamentos. O verdadeiro crente não é aquele que pode e sabe dissertar com abundancia de palavras e lucidez de interpretação sobre matérias religiosas; é sim, o que obedece a vontade de Cristo e segue o caminho da justiça.

Os bons sentimentos e os bons desejos são inúteis, se não forem acompanhados de boas ações. Não só isso. Os bons sentimentos podem até tornarem-se prejudiciais à alma, se a consciência, satisfazendo-se com eles, não perceber a necessidade, não estiver atenta para o cumprimentos dos mandamentos. Boas intenções não salvam ninguém. Dizem que o inferno está cheio de boas intenções!

Todas as intenções “passivas”, isto é, aquelas que não se levam a prática, paralisam e matam o coração. A vida e os atos de uma pessoa manifestam se ela possui ou não a Graça Divina em sua vida. O homem ou mulher que deveras está iluminado pelo Espírito Santo, seguirá uma vida santa. Se exercermos ansiosa vigilância sobre a nossa índole, as nossas palavras, as nossas obras, se empregarmos conjuntamente um constante esforço, para amoldar o nosso procedimento nos preceitos de Cristo e dos apóstolos, teremos dada a melhor e maior prova de que amamos a Cristo.

É necessário, entretanto, não torcermos o sentido deste pensamento, pressupondo, que, se guardarmos os seus mandamentos, nos tornaremos por isso, merecedores da salvação. Precisamos lembrar que as nossas melhores obras estão cheias de defeitos, conforme o entendimento de Isaias, 700 anos antes de Jesus nascer: “Somos podres e imundos por causa do pecado. As nossas boas ações, que pensamos ser um lindo manto de justiça, não passam de trapos imundos. Nós murchamos como as folhas no outono; os nossos pecados nos levam sem destino, como o vento faz com as folhas” Is.64:6. Ainda que tenhamos feito tudo o que estiver ao nosso alcance, somos sempre servos fracos e inúteis, conforme ensinou Jesus. A ênfase é: “Pela graça sois salvos, por meio da fé, isso não vem de vós, é dom de Deus. Não vem de obras para que ninguém se glorie” Ef. 2:8, 9. A fé em Jesus Cristo deve vir acompanhada da obediência à Sua vontade.

II- Qual o galardão para os que dão prova de seu amor a Cristo?

A Bíblia é clara sobre isso: “Aquele que me ama, será amado de meu Pai, e Eu o amarei e me manifestarei a ele”. Aqui o nosso Senhor Jesus Cristo reitera o ensino escriturístico em referencia não só aos mandamentos da lei, mas a todos os preceitos e regras da Santa Palavra. Ela ensina: “Tuas palavras estão sempre presentes na minha mente; penso nelas muitas vezes para não pecar contra Ti. Além de tudo isso servem para nos corrigir quando estamos errados. Quem segue as instruções de Deus terá sucesso em tudo” Salmos 119:11 e 19:11. “Em guardá-la há grande recompensa”.

As palavras de Jesus “Meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos  nele morada” indicam claramente que há galardões reservados  para os que , amando a Cristo, manifestam seu amor pela obediência a seus ensinos. O entendimento humano, muitas vezes, não compreende ou não atinge a profundidade dos ensinos destas palavras. Uma coisa certa, porém, deduzimos daí: é que a santidade da vida acarreta preciosos bens, e que, todo aquele que mais se aproxima de Deus, como Enoque e Abraão – mais gozo encontra na vida cristã  aqui, e muito mais no além.

A maior parte dos cristãos ignora que desde esta vida, já se pode provar ou experimentar o gozo do céu. “Quando obedecemos os mandamentos do Senhor, Ele nos faz andar pelos Seus caminhos de verdade e amor” Sal. 25:10.  “Tu revelas a tua pureza ao homem puro de coração” Sal. 18:26 a.  “O Senhor é amigo chegado de quem O respeita e obedece. A essas pessoas Ele revela os segredos de seus planos” Sal. 25:14. “Se alguém ouvir a minha voz  e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” Apc. 3:20.

III- Mas como cumprir os nossos deveres?

Jesus deu a resposta a muitos séculos passados: “O Espírito Santo vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar tudo o que eu disse a vocês” Jo 14:26. Não estamos sozinhos na jornada da vida, temos um consolador que está conosco para nos ajudar em todos os momentos, trazendo o conforto, o ensino, a repreensão e até a correção quando necessário através da disciplina. Somos orientados pelo Espírito Santo mesmo antes de tomar a decisão de seguir a Cristo, pois é Ele que convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo. 16:8). Graças a ação inaudita do Espírito Santo um dia fizemos nossa decisão de seguir a Jesus, e cumpre-se o que Jesus disse; “Se vocês me amam, obedeçam-Me; e Eu pedirei ao Pai e Ele dará a vocês outro Consolador, que nunca deixará vocês. É o Espírito Santo, o Espírito que conduz a toda verdade. O mundo em geral não O pode receber, porque não O vê nem O conhece. Mas vocês, sim, porque Ele mora com vocês agora e um dia estará em vocês” João 14:15-17. Isto é, enquanto não crentes Ele atua de fora, mas uma vez aceitando a Cristo, Ele passa a agir dentro de nós. Por isso não há salvo neste mundo que não seja batizado com o Espírito Santo.

Esta promessa é para todos que verdadeiramente amam a Jesus. Se a prova de nosso amor por Ele é a obediência aos seus mandamentos; não estamos sozinhos para tal tarefa, o Espírito santo nos foi dado como ajudador no cumprimento disso. Nosso Senhor bem sabe  quanto é grande a nossa Ignorância e o nosso desleixo, relativo as coisas espirituais; por isso prometeu que, assim que partisse deste mundo, não deixaria seus amados sem um ajudador idôneo, que lhes ensinasse e rememorasse as verdades eternas do evangelho.

Convictos como devemos estar de nossa ignorância espiritual, e desejosos de entender com maior clareza os ensinos de Jesus, imploremos cada dia o auxilio e a iluminação do Espírito Santo. Ele aplainará o nosso caminho!

Reconhecendo a fraqueza de nossa memória para reter as coisas espirituais, e a facilidade com que esquecemos o que lemos e ouvimos da Palavra de Deus, necessitamos cada dia implorar o auxilio do Espírito Santo. Ele pode atrair para a nossa memória toda a verdade espiritual, todos os deveres cristãos, e nos usar para o testemunho às pessoas que vivem à nossa volta. Se de fato amamos a Jesus, guardemos os seus mandamentos.

Pr.Cirino Refosco
cirino@missoesnacionais.org.br

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Evangelizemos o Brasil http://sermoesonline.pibja.org/2010/12/01/evangelizemos-o-brasil/ http://sermoesonline.pibja.org/2010/12/01/evangelizemos-o-brasil/#comments Wed, 01 Dec 2010 18:21:51 +0000 Cirino Refosco http://sermoesonline.pibja.org/?p=816 Texto: Jeremias  8: 18 – 9:1

Pensar no tamanho de nosso país nos faz temer e tremer. Pensar nos 186 milhões de habitantes que aqui vivem nos aperta o coração. Pensar na condição espiritual de pelo menos 160 milhões de pessoas sem Jesus, nos faz chorar. Mas pensar na imaturidade espiritual da maioria dos que se dizem evangélicos e o tamanho da negligencia da Igreja nos deixa em desespero. Senhor! Até quando a evangelização de nosso povo continuará sendo uma obra inacabada? Tem misericórdia de nós e nos ajude a cumprir nossa missão, nos ajude a ver as necessidades espirituais de nosso povo, nos ajude amar estas pessoas que são povo de nosso povo. Preocupada com a realidade de nosso país já escrevia a saudosa poetisa batista, Mirtes Matias: “Como cantar nossa crença, deixando na treva imensa, o povo que é o nosso povo, e a terra que é a nossa terra, Senhor?”

Como batistas, vivemos uma grande ilusão quando achamos que o Brasil já está evangelizado. Quando dizemos que o rádio e a televisão está chegando aos mais longínquos sertões, isso é verdade, mas não com a mensagem genuína do evangelho; chega com programas destrutivos e quando “evangelho” é a teologia da prosperidade, que serve mais para confundir as pessoas do que para orientar espiritualmente. Faz doer o coração quando andamos pelas cidades do interior do nordeste e de todo Brasil ao ver tantas almas sem Jesus e sem salvação, que caminham pelas ruas mas sem nenhuma certeza de onde estão indo. As tendências de nossa época tem cegado nosso povo, que vive como escravos, escravos de um sistema religioso que a tantos séculos  se implantou em nossa pátria e que tem conduzido milhões de almas ao inferno. Infeliz o dia em que a idolatria foi ensinada ao nosso povo, que vive hoje, sem rumo, sem direção. Quantos milhões de brasileiros carregando seus deuses em procissões? Cabisbaixos e tristes porque acreditam num Jesus morto. Quem sentirá amor por este povo, o nosso povo? Quem atenderá o convite para pregar nos mais longínquos sertões de nossa Pátria? Quem se importará com os brasileirinhos espalhados pelas ruas e cidades desse imenso país que passam o dia cheirando cola e anunciará Jesus, a esperança de um futuro melhor? Quem chegará diante dos milhões de jovens e adolescentes envolvidos em drogas e prostituição para dizer que há uma saída? Quem entrará nas favelas desse pais para ver a miséria e a fome que nosso povo está passando? Quantos idosos a mendigar nos sinais de transito? Quantas pessoas enfermas, precisando de remédio, morrendo as minguas? Quantos pais de família em desespero, porque estão desempregados e não tem como colocar o pão sobre a mesa para saciar seus filhos, e muitos entram no mundo do crime, como sendo a única saída? Eu não consigo entender porque o povo Evangélico e principalmente Batista é tão cego que não consegue ver as necessidades de seu próprio país! Não consegue amar as pessoas que estão perto, e por todos os lados? Mas consegue amar pessoas que nunca viram, que estão na África, Etiópia, Índia, etc. Será que uma alma estrangeira vale mais do que uma alma nacional? Ou é porque dá status para o crente fazer missões estrangeiras ou ibope para as Igrejas?

Não sou e nem poderia ser contrário a evangelização do mundo, pois é uma ordem de Jesus. Sempre contribui pessoalmente e como Igreja para missões nos três ou quatro níveis. Nossa Igreja sempre levantou para missões o equivalente ou mais do que o orçamento mensal. Mas não consigo entender porque tanta negligencia com a evangelização do Brasil. A evangelização do Brasil é uma obra inacabada e a cada ano o numero de perdidos é maior.

Está acontecendo em nossa pátria o que já aconteceu  em alguns paises da Europa, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, etc. As missões estrangeiras asfixiaram as missões nacionais. E o resultado está aí para quem quiser ver. Aliás, “O pior cego é aquele que não quer ver”. Coisa triste para um povo é não aprender as lições que a história nos ensina! Por isso tem sido lastimável a situação espiritual dos paises acima citados e acontecerá o mesmo com nossa pátria nos próximos anos.

Estamos abordando este ano, a necessidade de fidelidade, e neste momento a fidelidade com a evangelização de nosso povo. Tenho andado por este nordeste e conheço tanto as capitais como as menores cidades do interior e me preocupa a situação espiritual caótica que vive nossa gente. Tudo isso tem me feito indagar e questionar nosso trabalho e visão missionária. Qual o motivo do não avanço do trabalho Batista no Brasil? Por que a 30 anos estamos com o mesmo numero de membros em nossa denonimação? Por que a falta de recursos para missões nacionais?  É por causa de um homem, um diretor executivo?  Que visão missionária tem nossos pastores que por não concordarem  com uma pessoa,  asfixiam uma obra, levando suas Igrejas a não contribuir para missões nacionais? Por que tanta diferença no trato dos missionários? Que valor estamos dando aos obreiros que estão nas pequenas cidades do interior do Brasil? Ou nas comunidades Ribeirinhas?  Ou nas tribos indígenas? Ser missionário aqui é diferente, tem menos valor? Para os homens sim; para Deus não!

Depois de tantos questionamentos, cheguei a conclusão que está faltando, na maioria dos crentes batistas brasileiros e muito mais dos pastores e líderes, amor pelo seu próprio povo. E posso provar o que estou dizendo de várias maneiras.

Primeiro vou mostrar biblicamente, que o amor ao próprio povo é a chave para o sucesso na evangelização e depois mostrarei que o amor também se expressa no investimento que estamos fazendo.

I- Homens que amaram seu povo foram  bem sucedido no cumprimento da missão.

Citaremos alguns desses exemplos maravilhosos encontrados na Bíblia, mas também em nossos dias.

1- O apaixonado Moisés. Grande líder e libertador de seu próprio povo. Apesar de ter sido criado na casa de faraó, corria em suas veias sangue hebreu. Num certo dia, vendo um Egípcio maltratando e açoitando um Hebreu, tomou as dores e matou o Egípcio. Essa atitude lhe custou a fuga para o deserto indo depois para as terras de Midiã, onde permaneceu  por 40 anos. Dali Deus o chamou para ajudar seu povo, libertando-o da escravidão e conduzindo-o a Canaã, terra da promessa. Este homem enfrentou Faraó e todos os Egípcios por amor de seu povo.

Não quer dizer que quando amamos  nosso povo o trabalho fica mais fácil. Moisés sofreu muito durante a peregrinação pelo deserto. Dificuldades surgiram, mas podia prosseguir no propósito de libertar seu povo.

Quando se aproximaram do Monte Sinai, deixou o povo nas proximidades do monte enquanto isso subiu para falar com Deus e dEle receber as instruções necessárias. Foram 40 dias e 40 noites sem comer ou beber; sem duvida, intercedendo em favor de seu povo. Enquanto isso, o povo se corrompia, pedindo a Arão que lhes fizesse um deus de ouro, e diante do bezerro estavam a gritar e dizer “Tu nos tiraste da terra do Egito”. Então, o Senhor mesmo disse a Moisés: Vá lá para baixo, pois o seu povo, o povo que você tirou do Egito, está corrompido” Ex. 32:7. Deus se indignou e disse que destruiria todo aquele povo. Enquanto desciam – Moises e Josué – conversavam a respeito do que poderia ser o barulho que estavam ouvindo. “Parece que o povo está em pé de guerra no acampamento, disse Josué”v.17. “Nada disso! Disse Moisés. Não é nem barulho de vitória e nem barulho de derrota. O que escuto é gente cantando” v.18. Naquele dia foram mortos 3 mil Israelitas.  E no dia seguinte, disse Moisés ao povo: “Vós cometestes grande pecado ; agora pois subirei ao Senhor e, porventura, farei propiciação pelo vosso pecado. Tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste” Ex. 32:30-32. Percebemos claramente, nessa declaração, que Moisés era um homem apaixonado pelo seu povo.

2- O apaixonado Neemias.   “Veio Hanani, um de meus irmãos, com alguns de Judá; então lhes perguntei pelos  Judeus que escaparam e que não foram levados para o exílio e acerca de Jerusalém. Disseram-me: Os restantes que não foram levados para o exílio e se acham lá na província, estão em grande miséria e desprezo; os muros de Jerusalém estão derribados, e as suas portas queimadas. Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus. E disse: Ah Senhor, Deus dos céus, Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com aqueles que te amam e guardam os teus mandamentos. Estejam, pois atentos os teus ouvidos, e os teus olhos abertos, para ouvires a oração de teu servo, que hoje faço à Tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra TI; pois eu e a casa de meu pais temos pecado contra TI. Temos procedido de tudo corruptamente contra TI” Neemias 1:2 – 7. Neemias sentiu a miséria e o desprezo de seu povo, chorou, orou e jejuou por muitos dias e foi usado por Deus para ajudar seu povo. Foi o homem que conduziu o povo de Israel ao maior avivamento espiritual de sua história e em apenas 52 dias Jerusalém fora reconstruída.

3- O apaixonado Jeremias. “Oh! Se eu pudesse consolar-me em minha tristeza! O meu coração desfalece dentro de mim. Eis a voz do clamor da filha de meu povo de terra mui remota. Não está o Senhor em Sião? Não está nela o seu rei? Por que me provocaram à íra com as suas imagens de escultura, com os ídolos dos estrangeiros? Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos. Estou quebrantado pela ferida da filha de meu povo; estou de luto; o espanto se apoderou de mim. Acaso não há balsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que pois não se  realizou a cura da filha do meu povo? Provera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em fonte de lágrimas! Então choraria de dia e de noite os mortos da filha de meu povo”. Jer. 8:18 – 9:1. Jeremias chorou muitas vezes pelo seu povo e gastou sua vida pregando a eles sobre a necessidade de arrependimento. Deus os salvou levando-os de volta à Jerusalém.

4- O apaixonado Paulo. “Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência; tenho grande tristeza e incessante dor no coração; porque eu mesmo desejaria ser anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, meus compatriotas, segundo a carne”. Rom. 9:1-3. Rom. “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a minha súplica por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que tem zelo de Deus, mas não com entendimento. Portanto, não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus. Pois Cristo é o fim da lei para justificar a todo aquele que crê”.Rom. 10:1-4. Paulo era apaixonado pelo seu povo, estava pronto a dar sua vida pela salvação de seu povo. Se queremos salvar nosso país, precisamos de igual modo ser apaixonados pelo nosso povo.

5- O apaixonado Miguel Zuguer. Tenho ouvido com muita admiração o testemunho de nosso missionário no Oriente Médio, Miguel Zuguer. Ele é um homem apaixonado pelo seu próprio povo. Como ele enfrenta dificuldades e até prisões e torturas por amor ao seu povo. Sua vida corre risco, mas ele continua no propósito de alcançar seu povo com a mensagem do evangelho. Tudo porque ama o seu povo e conhece as suas necessidades espirituais. Mas como nos faltam homens como Miguel em nosso país, homens e mulheres que se apaixonem pelos brasileiros!

II- O investimento em missões nacionais mostra o tamanho de nosso amor pelo nosso povo.

Nossos alvos são pequenos diante das necessidades e do tamanho do Brasil. O pior, a 9 ou 10 anos que não são alcançados. Estamos tentando manter o numero de missionários e ainda avançar na evangelização do Brasil, mas como tem sido difícil! O déficit aumenta a cada ano e o trabalho está sendo asfixiado.

Sei que todos buscam culpados na negligencia da evangelização do Brasil! Ouvi, de um ex-presidente da CBB em pleno púlpito de sua Igreja, que a culpa é da Junta de Missões Nacionais. Ouvi de um ex-diretor executivo que a culpa é dos missionários, um grupo de preguiçosos, que só recebem salário no final do mês. Creio que este homem nunca plantou uma Igreja no interior do Brasil. Mas os culpados são todos que deixaram de amar as preciosas vidas de nosso povo, o povo brasileiro. Culpadas são as Igrejas que não enviam missionários e nem ajudam a sustentar aqueles que estão nos campos; muitos dos quais, por falta de recursos retornam para suas cidades de origem ou procuram Igrejas nas cidades maiores que lhes dê condições de subsistência. Como estão sofrendo os obreiros das pequenas cidades de nossa pátria? Quanta renuncia para permanecer trabalhando? Quanta falta de amor a estas vidas e seus familiares?  Falta recursos para manter os trabalhos já existentes; falta recursos para plantação de novas Igrejas; e a JMN fica dividida entre a revitalização de Igrejas  que é um trabalho urgente e muito grande, pois há centenas de Igrejas morrendo, – mas este trabalho não aparece nos relatórios à Convenção Batista Brasileira; outro trabalho árduo é a plantação de novas Igrejas, hoje mais de 2.500 municípios sem trabalho Batista e possivelmente mais de 30 mil distritos e povoados não alcançados e ainda as comunidade ribeirinhas na região norte do país, afora as tribos indígenas. Agüente se puder, ao ver as necessidades de nossa pátria.

Poderia colocar o montante que cada Igreja investe anualmente na obra de Missões e todos veriam a diferença gritante entre as missões nacionais e estrangeiras, em alguns estados chegam  a 400%.

A Evangelização do Brasil é um trabalho inacabado, precisamos nos conscientizar disso. A responsabilidade de fazê-lo é das Igrejas brasileiras, portanto minha e sua. E para alcançarmos nosso povo precisamos amá-lo, precisamos nos apaixonar por ele. Esta é a única saída para alcançar nosso país com a mensagem do evangelho. Seja como Miguel Zuguer, ame seu povo e faça algo por ele.

Pr. Cirino Refosco
cirino@missoesnacionais.org.br

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Amor em Ação http://sermoesonline.pibja.org/2010/06/26/amor-em-acao/ http://sermoesonline.pibja.org/2010/06/26/amor-em-acao/#comments Sat, 26 Jun 2010 11:58:01 +0000 Cirino Refosco http://sermoesonline.pibja.org/?p=696 I João 3: 10-18

Particularmente tenho uma grande admiração por Jesus e seus métodos de ensino; sempre que desejava ensinar uma doutrina ou principio e torná-los compreensíveis ao publico, usava uma parábola para ilustrar aquela lição.

A teoria muitas vezes é diferente da prática; discursos não resolvem problemas. Todos nós estamos cansados com tantos discursos ouvidos em épocas de campanhas eleitorais e a falta de prática de nossos governantes. Precisamos ter cuidado para não fazer o mesmo com a palavra de Deus. Quantos sermões temos ouvido a respeito do amor? Mas de fato amamos as pessoas que vivem à nossa volta? Jesus compara o ouvinte com o construtor. “Aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica é semelhante ao homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. A chuva caiu sobre aquela casa, o vento bateu na parede, e a água correu no alicerce, mas a casa não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. Mas aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica é semelhante ao homem louco que construiu sua casa sobre a areia….”

A preocupação de Jesus estava com a prática de seus ensinos; a lei do amor havia sido escrita por Moisés 1500 anos antes de Seu nascimento, mas como era deficiente a vida daquelas pessoas! Como tinham dificuldades para entender àqueles ensinos tão simples e colocar em prática o que estava escrito!

O doutor da lei fez uma pergunta que ele mesmo já sabia a resposta. Achou necessário levar o assunto mais adiante, quem sabe para justificar-se diante de Jesus. Qualquer fariseu era conhecedor do grande mandamento: “Amarás ao senhor teu Deus de todo teu coração, de toda tua alma, de todo teu entendimento e com todas as tuas forças e ao teu próximo como a ti mesmo”. O amor a Deus não tem limites, porém, o amor ao próximo pode ser limitado pela definição que temos de “próximo”. Quem é o meu próximo? Foi a pergunta do doutor. Esta definição depende de quem a faz. O seu próximo pode ser o inimigo de outrem. Para um Judeu o próximo era outro Judeu ou então um prosélito completo (circuncidado e praticante do Judaísmo). Jesus respondeu a pergunta com a parábola do Bom Samaritano. O personagem desse drama é um homem, não sabemos sua cor, se era Judeu ou gentio, religioso ou não; mas sabemos que era um pobre homem indefeso, caído à beira do caminho; como tantos em nossos dias. A primeira pessoa a descer pela estrada após o assalto foi um sacerdote, pregador, que muitas vezes pregou sobre o amor ao próximo como a si mesmo, mas passou de largo. Depois veio o levita, ajudante do sacerdote nas atividades do templo, mas também passou de largo. O terceiro a descer naquela estrada foi um desprezado samaritano, que segundo os Judeus não era digno de ouvir a lei, possivelmente nem conhecia a lei, mas amou na prática socorrendo a vítima. Isso é amor em ação! Jesus terminou aquela parábola fazendo uma pergunta: Quem foi o próximo daquele homem? Respondeu o doutor: aquele que prestou socorro, que teve compaixão da vitima. E Jesus disse ao doutor: Vai tu e faze o mesmo.

Esta é a mensagem de Jesus para sua Igreja nesta noite. Ame as pessoas que vivem à tua volta. Preste socorro aqueles que precisam de ti. E não há duvida de que estamos vivendo tempos difíceis face aos problemas do mundo atual, humilhado sob o peso angustiante das injustiças raciais, da pobreza dura e impiedosa e da fome cruel que tem martirizado 2/3 da raça humana. A Igreja precisa pensar seriamente em sua responsabilidade social, precisa fazer a diferença onde está. E quanto mais nos aproximarmos de Jesus, e quanto mais estudarmos a palavra de Deus, maior será nossa compreensão do mundo e das necessidades das pessoas.

Por isso, o apóstolo João, inspirado por Deus disse: “Aquele que não ama a seu irmão não é de Deus”. Estamos diante de um mundo necessitado e de uma mensagem que apela ao nosso coração para que coloquemos o amor em ação. E isso nos faz lembrar da mensagem de Jesus mais uma vez: “Que vos ameis uns aos outros como eu vos amei a vós”. Amar com o tipo de amor com que Ele nos amou. Isso é coisa séria e nos faz tremer diante da responsabilidade que temos como cristãos.

E no final de sua mensagem, João lembra que, protestos de amor não bastam, ações falam mais alto do que palavras e diz: “Não amemos de palavra e nem de língua, mas por obras e em verdade”. Se nosso amor é genuíno também será positivo e ativo.

I- João apresenta CAIM como protótipo do ódio.

“Porque a mensagem enviada a nós desde o principio tem sido que devemos amar uns aos outros. Não devemos ser como Caim, que era de satanás e matou a seu irmão. Por que ele o matou? Porque Caim estava praticando o mal e sabia muito bem que a vida do seu irmão era melhor do que a dele”.

O ódio caracteriza o mundo em que vivemos, onde as pessoas esmagam umas às outras; onde a inveja e a injustiça prevalecem e onde o pobre é desprezado, cujo modelo é Caim. Esse ódio origina-se no diabo, leva ao homicídio e, é evidencia da morte espiritual. Creio ser por isso que João escolheu Caim como modelo trágico daquilo que os cristãos não devem ser. Ele matou seu irmão, membro de sua família, filho de seu pai. Vemos aqui o ódio em ação.

Mas não é sobre isso que desejamos falar, pois o ódio está em toda parte. O apóstolo João apresentou esse protótipo para mostrar que o assassínio estava de acordo com os outros atos da vida de Caim. Havia inveja em seu coração, e isso se inflamou produzindo o ódio e depois o assassínio. Precisamos ter cuidado com certas atitudes ou desvios de caráter e o trágico fim. Inveja – ódio – assassínio.

II- João apresenta JESUS como protótipo do amor.

O amor caracteriza a Igreja, cujo modelo é Jesus Cristo. Origina-se em Deus, leva ao sacrifício pessoal e, é evidencia da vida eterna. O amor é o critério pelo qual os filhos de Deus podem julgar se verdadeiramente são membros da família de Deus. “Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos”.

Aqueles que experimentaram o amor de Deus como é revelado em Jesus Cristo – que deu a sua vida por nós – são pessoas que sabem o que é o amor. Como disse o apostolo: “E nós devemos dar a vida pelos irmãos”. A cruz de Cristo é inseparável da cruz do crente.

E Jesus em seu ministério terreno, nos mostra que as pessoas têm necessidades físicas e espirituais: “Ele… percorria todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, pregando o evangelho da salvação, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo…E vendo a multidão teve compaixão deles, porque estavam desgarrados e errantes como ovelhas que não tem pastor” Mat. 9:35, 36.

Seu ministério foi dirigido para pessoas, quaisquer que fossem as suas necessidades. Ele alimentou famintos, lavou pés empoeirados, curou doentes, confortou os tristes, e até restaurou a vida aos mortos.

III- Amor em ação é o plano de Deus para Sua Igreja hoje.

A Igreja de Jesus tem uma responsabilidade social no mundo. O salmista já dizia: “Bem aventurado é aquele que atende ao pobre” Sl 41:1. Paulo disse: “Enquanto temos oportunidade façamos bem a todos” Gal. 6:10. O escritor da carta aos Hebreus disse: “Lembrai-vos dos encarcerados” Hb 13:3. Esse é o plano de Deus para sua Igreja – isso é amor em ação.

Esse amor é muito prático em sua aplicação, ele se expressa no cuidado pelo próximo que está com qualquer necessidade – alimento, roupa, abrigo. Ou em outras palavras, esse amor se expressa no atendimento às necessidades materiais, físicas e espirituais das pessoas. Em momento algum o texto diz que nós devemos cobrar ou receber… apenas dar.

No texto relacionado ao juízo final, Mateus 25:34-46, Jesus mostra que nosso conhecimento precisa condizer com a prática. “Então Eu, o rei, direi naqueles à minha direita: Venham, benditos do meu Pai, para o reino preparado para vocês desde a fundação do mundo. Porque Eu tive fome e vocês me deram de comer; Eu tive sede e vocês me deram água; Eu era estranho e vocês me convidaram para suas casas; Eu estive nu e vocês me vestiram; Eu estive doente e na prisão e vocês me visitaram. Então os justos responderão: Senhor, quando fizemos isso? Quando vocês fizeram isso ao menor de meus irmãos, estavam fazendo a mim….”. Esse texto não está dizendo que boas obras salvam, mas que as boas obras devem acompanhar a vida dos que foram salvos por Jesus. Não podemos separar nossas palavras de nossas obras.

O exemplo do bom samaritano jamais deve ser esquecido por nós, porque se trata de uma das mais nobres parábolas contidas nos evangelhos exibe uma ética de gentileza fraternal que o mundo inteiro necessita desesperadamente. Quantas pessoas estão hoje à beira do caminho? Qualquer pessoa que podemos ajudar a qualquer momento é nosso próximo, sem impor sua cor, raça ou posição social.

Nosso amor deve tornar-se real, não ser apenas de palavra ou de língua, mas por obra e em verdade.

A expressão: “O amor de Deus” – significa no grego, não o amor a Deus ou amor por Deus, mas o amor do qual Deus é a fonte; amor do tipo do amor de Deus colocado em ação em favor da humanidade. O amor deve ser algo prático e demonstrável através de atos, não pode ser confinado ao mero idioma, ao discurso.

Uma palavra dita não pode matar a fome; uma palavra atraente não pode saciar a sede; um belo poema de amor não pode aquecer um corpo que está com frio; As palavras são instrumentos poderosos quando postas em ação.


Pr. Cirino Refosco
cirinorefosco@gmail.com

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Vencendo o mal com o bem http://sermoesonline.pibja.org/2008/10/22/vencendo-o-mal-com-o-bem/ http://sermoesonline.pibja.org/2008/10/22/vencendo-o-mal-com-o-bem/#comments Wed, 22 Oct 2008 11:46:39 +0000 admin http://sermoesonline.pibja.org/?p=253 Texto: Mateus 5:38-41



Introdução

Quantos de nós já questionamos as leis do Velho Testamento? Como achamos rígidas e antiquadas aquelas leis que regiam o povo hebreu! Mas a lei do olho por olho e dente por dente foi introduzida para restringir um mal maior, existia para impedir a retaliação ilimitada. “Mas se houver morte, então darás vida por vida. Olho por Olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferida por ferida, golpe por golpe” Êxodo 21:23-25. A pessoa só podia ir até o limite do acontecido, não mais. Jesus, porém, penetrou além dessa lei de retaliação igual ou controlada, e repudiou toda idéia de vingança. Quando iniciou seu ministério, apareceu com algo completamente novo; desejava algo melhor para a humanidade…por isso o cristianismo sempre revolucionou os corações.

I- Vencer o mal com o bem é não resistir ao homem mau


Jesus é o maior exemplo de resistência ao mal e esse é o dever de todo crente. Não podemos nos deixar vencer pelo mal, e não devemos resistir o homem mau. Paulo, o apóstolo disse: “Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem” Rom. 12:21. Poucos crentes hoje em dia sofrem um golpe físico na face, mas o principio é dar a outra face. Isso pode ser aplicado diariamente em termos de auto-exposição aos insultos, mal entendidos, e outras ofensas, as quais somos expostos. O cristianismo realmente é diferente, é uma nova filosofia de vida. Esta é a pratica bem sucedida do evangelho. Não poucas vezes presenciamos a resistência com o homem mau através de um bate boca sem fruto, que não leva a nada, a não ser escandalizar o evangelho de Cristo. Isso é resistir o mal com o mal, resultando muitas vezes em ressentimentos prejudiciais à vida espiritual e até física. Aquele que ainda não aprendeu vencer o mal com o bem, ainda não conhece a essência do evangelho de Cristo. Tenho presenciado alguns bate boca que me deixam envergonhado. Mostra o quanto as pessoas estão longe de Deus.

II- Vencer o mal com o bem é entregar a capa

Na lei Judaica, uma pessoa podia processar outra pessoa por causa da túnica, vestimenta de baixo, com mangas; mas não podia processar ninguém por causa da capa, veste exterior que servia aos pobres como cobertor durante a noite. “Se tomares em penhor o vestido do teu próximo lho restituirás antes do pôr do sol porque é a única cobertura que tem; é o vestido da sua pele; em que se deitará ele?” Ex. 22:26,27. Cristianismo não é só questão de não fazer isso ou aquilo, mas é acima de tudo, sentir-se bem praticando-o. Fazer o bem aqueles que nos maltratam, orar pelos que nos perseguem, esse é o cristianismo de Jesus. O amor vence todas as coisas. “…tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

III- Vencer o mal com o bem é caminhar a segunda milha

Essa é uma questão interessante, pois permitia-se aos soldados e oficiais Romanos que forçassem os nativos a carregar os seus suprimentos ou bagagens por uma milha. Ai podemos entender o que aconteceu com Simão Cireneu, que foi obrigado a carregar a cruz de Jesus por um oficial romano. Ele vinha do campo, da roça, nada tinha a ver com o que estava acontecendo, mas carregou a cruz. Ninguém podia exigir que se caminhasse a segunda milha, mas Jesus ensina que deve ser espontânea na experiência cristã. “Se alguém te obrigar a andar uma milha, ande com ele duas”. É certo que há cristãos que estão muito aquém da primeira milha. Mas o que Jesus ensina é extraordinário. Quantas vezes devemos perdoar? Até sete? Não! Mas até 70 vezes 7. Se alguém nos humilha devemos fazer o que pudermos e as vezes mais. Pois o cristianismo da segunda milha é o cristianismo do amor sem reservas. È o cristianismo de não oferecer a Deus oferta de tiver ódio, mágoa ou ressentimento no coração. O comportamento de José no Egito. O trato para com seus irmãos foi o de andar a segunda milha. O amor vence todas as coisas. Entramos na Igreja de Jesus para caminhar a segunda milha ou sermos crentes sem nenhuma expressão. As religiões são sempre influenciadas por vidas, homens e mulheres que souberam honrar a Deus, glorificar o seu nome. Quando não aprendemos a vencer o mal com o bem, as pessoas dizem: “A ser cristão como você, é melhor ficar onde estou”. Falta a compreensão da segunda milha.

Conclusão

É verdade que andar a segunda milha, a entrega da capa, e o não resistir o mal, são coisas duras. Mas é neste comportamento que experimentamos o calor da presença de Jesus. Andar nessa direção é renunciar o programa próprio e aceitar o programa de Deus. Este é o caminho do amor. O amor aos amigos, mas também aos inimigos. Não é dar porque recebemos, mas é dar sem esperar nada em troca. E toda vez que damos sem a pretensão de receber, Deus nos dá muito mais. Quando vencemos o mal com o bem servimos ao próximo; somos ponte para grandes realizações no cristianismo e no mundo. É o começo de uma vida abençoada. É andar com Jesus e fazer a vontade de Deus. Milha romana – 1000 passos; milha Brasil 1000 braças = a 2.200 metros; Inglesa e Americana 1.609 metros.

 

Pr.Cirino Refosco
cirinorefosco@pibja.org

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Amor – O caminho para o despertamento dos dons http://sermoesonline.pibja.org/2008/10/10/amor-o-caminho-para-o-despertamento-dos-dons/ http://sermoesonline.pibja.org/2008/10/10/amor-o-caminho-para-o-despertamento-dos-dons/#comments Fri, 10 Oct 2008 12:18:28 +0000 admin http://sermoesonline.pibja.org/?p=228 Texto: I Coríntios 12: 31 – 13:13



Introdução

2001 foi o ano do despertamento dos dons, e o Brasil Batista trabalhou o tema “Desperta os dons que há em ti”. Como ajuda ás Igrejas foi lançado o livro “Igreja- celeiro de dons” pelo Pr. Darrell W. Robinson. Aprendemos que os dons espirituais são dados à Igreja. Despertar os dons, sugere que eles estejam adormecidos em nós; e que precisamos com urgência descobri-los para que sejam colocados em prática no reino de Deus. Por isso precisamos entender o significado da Igreja, pois há muitas pessoas que tratam a Igreja como um clube cívico, ou ponto de encontros com amigos. Reservam um tempinho para reuniões, dão algum dinheiro como se estivessem pagando suas obrigações, e, ocasionalmente fazem algum tipo de serviço. Mas a Igreja não é um lugar que se freqüenta. Nós somos a Igreja! Nós recebemos de Deus o DOM do espírito quando cremos em Jesus e dons espirituais para a edificação uns dos outros. Todo dom espiritual tem como finalidade edificar a Igreja. Paulo dedicou o capitulo 12 de sua 1a carta aos Coríntios para descrever os dons espirituais, como também Romanos 12 e Efésios 4:1-16. E termina o capitulo 12 de Coríntios trazendo um grande desafio, que se não for observado, anula todos os dons espirituais. Depois de fazer a relação dos dons, Paulo diz: “Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons, e eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente” v.31. Entendemos por melhores dons, na linguagem do apóstolo, os que mais edificam a vida dos outros- a Igreja. E eu passo a mostrar-vos ainda… Quer dizer: O que Paulo passa a ensinar no capitulo 13 é o que há de mais importante. É o caminho mais excelente. É o caminho que a Igreja precisa seguir no desenvolvimento dos dons espirituais. Sem o conhecimento e uso desse caminho, os dons espirituais não tem qualquer utilidade, ou proveito para Igreja ou reino de Deus. Muito se discutiu sobre dons espirituais; movimentos surgiram em volta do assunto; Igrejas foram divididas; mas sabe-se hoje, que faltou aquela compreensão lúcida do caminho apresentado por Paulo no capitulo 13 de sua 1a carta aos Coríntios. Este caminho é o amor. E ele termina o capitulo dizendo: “Agora permanecem a fé, a esperança, e o amor, estes três; mas o maior deles é o amor. Nesta primeira noite abordaremos o caminho sobremodo excelente, apresentado por Paulo, para o desenvolvimento de nossos dons espirituais, no corpo de Cristo, que é a Igreja.

I- PAULO APRESENTA A SUPREMACIA DO AMOR. (I Cor. 13:1-3)


De vez em quando vemos na TV documentários sobre crianças abandonadas pelos seus pais e que vivem em instituições de caridade; estas crianças são apresentadas profundamente tristes, mesmo que tenham alguma condição (abrigo, roupas, alimento, carinho..). Com o tempo tornam-se doentes, e perdem a vontade de viver. E a principal razão para isso é a falta de amor. Um desses documentários mostrou os verdadeiros milagres acontecidos em algumas dessas crianças, quando adotadas por uma família afetuosa. Estas crianças foram transformadas. Isso representa mais uma evidência de como o amor é importante para se ter uma vida saudável. Experiências mostram que crianças hospitalizadas ficam mais rapidamente curadas quando os pais estão perto, tocando ou acariciando. Ao passo que crianças que não se sentem amadas levam mais tempo para sair de estados de risco. Da mesma forma idosos que se sentem amados vivem mais tempo. Na Igreja de Corinto faltava o amor e companheirismo nos relacionamentos. Eles eram amados por Deus, mas não estavam demonstrando amor uns para com os outros. Havia divisão, contenda, e competição. Alguns se achavam mais espirituais do que os outros; isso não quer dizer que eles eram frios, ao contrário, havia grande atividade na Igreja, os cultos eram animados, os dons eram praticados com entusiasmo, mas o amor não estava sendo a motivação maior de suas ações. O termo AGAPE, traduzido por amor, não era usado antes do novo testamento. Foram os cristão que o tomaram e fizeram deste termo, a sua palavra característica para amor. Eles adaptaram esta palavra nova para pregar uma nova idéia. Isso foi uma mudança inacreditável, saíram do olho por olho e do dente por dente para o AGAPE. Era uma palavra revolucionária. Era o amor dedicado aos totalmente indignos. É o amor que nada busca para si, mas somente o bem daqueles que amamos, como disse o apóstolo João “Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou seu Filho como propiciacão pelos nossos pecados. Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.” I Jo. 4:10,11. Paulo mostra aos Coríntios que os dons tão apreciados por eles, se tornariam infrutíferos se não fossem fundamentados e motivados pelo amor. Eles podiam falar línguas humanas e celestiais, ter o maravilhoso dom de profecia, conhecimento e fé, ou mesmo estar imbuídos de um espírito de sacrifício que os levasse até o martírio; todavia, se estes dons admiráveis, não estivessem acompanhados do amor, seriam vazios e inúteis, não teriam nenhum proveito. Os crentes de Corinto achavam que as pessoas possuidoras de certos dons, eram pessoas extremamente importantes. E Paulo, ousadamente, afirma que, mesmo que eles tenham os mais altos dons, mas lhes falte o amor, não só eles são insignificantes, mas na verdade são nada…pois fazer tudo com amor é o que torna alguém grande no reino de Deus. Infelizmente, a compreensão de muitos crentes atuais, sobre os dons é a mesma que os Coríntios possuíam, e que foi condenada por Paulo. A grandeza não está na pessoa que tem o dom, mas na forma que este dom é usado. Se os dons espirituais não forem desenvolvidos na base do amor, nenhum sentido tem para o reino de Deus.

II- PAULO APRESENTA AS VIRTUDES DO AMOR. ( 4-6)

A palavra amor pode ser vazia, como tantas vezes acontece em nossa cultura. No cinema, na TV, no teatro ou na literatura, o amor pode significar muitas coisas; as vezes tem uma conotação meramente sexual. Mas Paulo deu um conteúdo ao amor; abordou 15 qualidades, sendo 8 negativas e 7 positivas O amor é paciente, não perde o domínio, mas suporta. O amor é benigno, dá-se ao serviço em favor do próximo. O amor regozija-se com a verdade, não é indiferente ao erro. O amor tudo sofre, não recua facilmente, mas resiste. O amor tudo crê, procura sempre ser o melhor. O amor tudo espera, recusa-se a tomar o fracasso como final. O amor tudo suporta, não se deixa esmorecer, mas continua a lutar. O amor não arde em ciúmes, competição, rivalidade,desejo de possuir algo de outrem. O amor não se ufana, não é vaidoso, não se envaidece. O amor não se ensoberbece, não é orgulhoso, preocupa-se em dar-se e não em afirmar-se. O amor não se conduz inconvenientemente, sempre age com cortesia e generosidade. O amor não procura seus próprios interesses, não é egoísta. O amor não se exaspera, não é predisposto a ofender-se, está sempre pronto a pensar o melhor das pessoas. O amor não se ressente do mal, não abriga qualquer sentimento de ofensa em seu coração. O amor não se alegra com a injustiça, isto é, não sente prazer com o infortúnio dos outros. Estas virtudes do amor precisam ser colocadas em prática no dia a dia da vida cristã. E se isso fosse observado pelos crentes, não teríamos tantos problemas na Igreja. Gasta-se mais tempo resolvendo problemas de relacionamento do que na evangelização. A fraqueza da Igreja está na ausência das virtudes do amor. A prática dos dons espirituais sem as virtudes do amor não faz nenhuma diferença na sociedade.

III- PAULO APRESENTA A ETERNIDADE DO AMOR. ( 8-13)

O amor Jamais acaba; ao contrário dos dons, por excelentes que sejam….terão fim com nossa inexistência terrena. Assim como o que é parcial e limitado dará lugar ao que é perfeito; assim como a meninice será substituída pela maturidade; e assim como as coisas obscuras darão lugar ao pleno conhecimento; o AMOR subsistirá para sempre, mesmo quando a fé e a esperança não forem mais necessárias. Só Deus, pelo exemplo de seu filho, e pela atuação de seu Espírito, pode nos ensinar a conhecer e praticar o verdadeiro amor. A prática do amor precisa, portanto, ser aprendida aqui e agora. Pois na eternidade você não precisará dos dons espirituais, eles servirão apenas para sua vida terrena; para aperfeiçoamento e crescimento do corpo de Cristo; devem ser usados agora. Na eternidade nem mesmo a fé e a esperança serão necessárias—só o amor permanece.

Conclusão

Nesta apresentação que Paulo faz do caminho sobremodo excelente para o despertamento dos dons espirituais, nos mostra a importância dos relacionamentos na vida cristã. Somos chamados para estabelecermos ligações significativas com O DEUS trino, e uns para com os outros. Isso aponta para duas grandes necessidades que existem no ser humano: 1- A necessidade de ser amado, de receber amor. 2- A necessidade de amar, de expressar o amor. E em Cristo ambas as necessidades são satisfeitas. Cristo advertiu ao falar sobre o futuro da Igreja: “E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos” Mateus 24:12. Não deixemos que isso aconteça conosco. Temos todos os recursos, incentivos e exemplos para que isso não aconteça. O maior de todos os dons é o amor, e deve ser buscado por todos com zelo. Sem amor perdemos a identidade no mundo…”Se não tiver amor, nada serei” I Cor. 13:2b e “Se não tiver amor, nada disso me aproveitará” I Cor. 13:3b. Posso ter tudo; posso ser tudo, mas se não tiver amor, diante de Deus nada serei. Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor nada serei….Ainda que eu tenha o dom de profecia e conheça todos os mistérios e toda ciência, se não tiver amor, nada serei….Ainda que eu tenha fé, a ponto de transportar os montes, se não tiver amor nada serei…..Sem amor, perde-se a identidade no mundo, sem amor não temos qualquer valor e o que fazemos não tem qualquer sentido para o reino de Deus. O amor não é uma recompensa que se dá aos bons, mas é uma disposição que nasce de Deus no coração daqueles que se voltam para fazer alguém feliz. “Se vos amardes uns aos outros…o mundo saberá que sois meus discípulos” O amor é o caminho para o despertamento dos dons espirituais em nossas vidas. Enquanto a Igreja não andar por esse caminho nada conseguirá fazer no mundo.

Pr.Cirino Refosco
cirinorefosco@pibja.org

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O amor questionado e vindicado http://sermoesonline.pibja.org/2008/09/30/o-amor-questionado-e-vindicado/ http://sermoesonline.pibja.org/2008/09/30/o-amor-questionado-e-vindicado/#comments Tue, 30 Sep 2008 11:52:27 +0000 admin http://sermoesonline.pibja.org/?p=195 Texto: Malaquias 1:2a



Introdução

O amor sempre foi e continua sendo questionado e cobrado. Não poucas vezes temos ouvido pessoas, que com suas vidas destruídas culpam seus pais pela falta de amor; há os que tiram suas vidas como protesto pela falta de amor de seus familiares. Outros entram pelo caminho das drogas, prostituição, crime, alegando falta de amor. E muitos saem de casa alegando falta de amor. Casamentos são desfeitos, e a maioria alega falta de amor. Como vemos o amor é a base para uma vida sadia e equilibrada, por isso todos questionam o amor e o vindicam. Os pais questionam o amor dos filhos quando estes são rebeldes e desobedientes. Os filhos também questionam o amor dos pais quando estes não podem atender suas necessidades. O marido questiona o amor da esposa e esta questiona o amor do esposo. Se ele me ama porque age assim? Se ela me ama porque me trata desta forma? O amor exige provas! Deus nos ama…” Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3:16. Deus dá prova do seu amor para conosco. “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” Romanos 5:8. Deus nos ama…mas muitos estão a indagar: “Em que nos tem amado?” É exatamente sobre esse assunto que trata o capitulo 1o do profeta Malaquias. Deus está demonstrando seu amor, mas as pessoas continuam a questionar! Em que nos tem amado? É só olhar à nossa volta e encontraremos muitos motivos pelos quais Deus nos ama. A própria vida é um milagre de Deus. A sustentação da vida é uma grande prova do amor de Deus “Eu vos tenho amado, diz o Senhor” Não estamos aqui por acaso, mas fomos eleitos em Cristo desde a eternidade. Quando olhamos para nossas vidas, percebemos o quanto somos falhos e imperfeitos, como pecamos, e Ele nos perdoa. O que é isso senão amor? Somos justificados pela fé em Jesus Cristo – isso significa estar livres da condenação eterna. Isso é prova do amor de Deus por nós. Romanos 8:1 Deus tem nos preservado até o momento presente e ainda faz promessas para o futuro. Quantos têm baixado à sepultura a cada dia? E nós aqui estamos. Deus nos tem amado! Essa é a grande verdade!

I- QUESTIONANDO O AMOR DE DEUS


“Mas vós dizeis: Em que nos tem amado?” Este questionamento foi levantado pelo povo de Judá no tempo do profeta Malaquias. Mas continua sendo levantado em nossos dias por muitas pessoas. E é possível que você também esteja questionando o amor de Deus; mas será justo seu questionamento? Anna Graham, filha de Billy Graham, serva de Deus e grande pregadora do evangelho, foi entrevistada no Early Show pela apresentadora Jane Clayson que perguntou: Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia onze de setembro? Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos, nós americanos, temos dito a Deus para não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro, como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como podemos esperar que Deus nos dê Sua bênção e Sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco? À vista dos ataques terroristas, tiroteio nas escolas, etc. Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O’Hare se queixou que era impróprio se fazer oração nas escolas americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com sua opinião. (Murray foi assassinada) Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler a Bíblia nas escolas…A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, não devemos roubar, e devemos amar nosso próximo como a nós próprios; e nós concordamos. Logo depois, o Dr. Benjamim Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima. (O filho do Dr. Spock cometeu suicídio) E nós dissemos: um perito nesse assunto deve saber o que está falando, e então concordamos com ele. Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando eles se comportassem mal; e nós concordamos com tudo. Ai alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem, e que nem precisariam contar aos pais; e nós aceitamos essa sugestão sem ao menos questioná-la. Em seguida algum membro da mesa administrativa escolar muito sabido disse que, como rapazes são sempre rapazes, que então deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas como eles quisessem, para que eles pudessem se divertir a vontade, e nem precisariamos dizer a seus pais; e nós dissemos: está bem. Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas pornográficas e disséssemos que isso é coisa sadia. Depois vieram as crianças nuas na internet. E nós dissemos, está bem, isto é democracia, e eles tem direito de ter a liberdade de se expressar e fazer isso. A indústria de entretenimento então disse: Vamos fazer Shows de TV e filmes que promovam a profanação, violência e sexo ilícito. Vamos gravar musicas que estimulem o estupro, drogas, assassínios, suicídios e temas satânicos. E nós dissemos, isso é apenas diversão, e não produz qualquer efeito prejudicial. Agora nós estamos perguntando por que nossos filhos não tem consciência, e porque não sabem distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado, por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios? Se nós analisarmos tudo isso seriamente, iremos facilmente compreender que estamos colhendo exatamente aquilo que semeamos! Se uma menina escrevesse um bilhetinho para Deus, dizendo: Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola? A resposta dEle seria: Querida criança, não me deixam entrar nas escolas! É triste como as pessoas simplesmente culpam Deus e não entendem porque o mundo está indo de passos largos para o inferno. É triste ver como cremos em tudo que os jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia diz. É triste como todo mundo quer ir para o céu, desde que não precise crer, nem pensar ou dizer qualquer coisa que a Bíblia ensina. É triste como alguém diz: Eu creio em Deus, mas ainda assim segue a satanás, que por sinal, também crê em Deus. É engraçado como somos rápidos para julgar, mas não queremos ser julgados. O mundo está como as pessoas querem que esteja. A maioria das pessoas tem excluído Deus de suas vidas e querem ser abençoados. As famílias estão se esfacelando, mas não há lugar para Deus em suas casas; as escolas estão insuportáveis, mas não há lugar para oração e leitura da Bíblia. As escolas e órgãos públicos estão cheios de idolatria, mas o evangelho não tem lugar. A sociedade está colhendo o que tem semeado ao longo dos anos. E colheitas maiores ainda virão. “Se você não quiser que seu filho seja um viciado, não matricule na escola” é o slogam do sul do Brasil. Nossos governantes hão de pagar muito caro a desgraça que estão promovendo em nossa pátria. A imprensa há de pagar um dia a disseminação do pecado que está fazendo. Não existe mais censura e isso vai acabar com a sociedade. Nossas crianças estão sendo corrompidas e pervertidas dentro de nossas próprias casas. A saída mais fácil é culpar Deus. “Em que nos tem amado?” Quando as coisas vão bem, praticamente não há questionamento. Tudo está bom. Mas na hora da aflição, quando parece não haver alívio…muitos têm questionado o amor de Deus. Quantas pessoas que em vista a prosperidade dos maus, tem em sua pobreza duvidado do amor especial de Deus. É lamentável como as pessoas são ingratas…e como reclamam da vida. Mas não olham para dentro de si para ver a miséria espiritual que estão vivendo, e que se não fora o amor de Deus já teriam sido destruídas. Quantos servos de Deus, que em tempo de dúvidas ou que sob pesadas provações têm questionado o amor de Deus. Quantos têm blasfemado dizendo que Deus não lhe ama.

II- PRECISAMOS CONSIDERAR O AMOR DE DEUS

“Eu vos tenho amado diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos tem amado?” Aqui está o amor que lamenta a atitude humana. Analisemos nossas vidas, a forma como Deus tem nos preservado, o sustento de cada dia, o ar que respiramos, o sol, a água, o alimento.Eu pergunto: É justo Deus ser tratado como tem sido até aqui? O verso é um lamento de Deus. Eu vos tenho amado; mas vós dizeis: em que nos tem amado? O amor de Deus é um amor que suplica. Apesar de toda rebeldia humana, Ele diz: Voltai para mim e Eu tornarei para vós. O Senhor está convosco enquanto vós estais com Ele, se o buscardes o achareis, porém se o deixardes Ele vos deixará” II Crônicas 15:2. Voltai para mim…Vinde a mim…. O amor de Deus é abundante. Ficamos envergonhados ao questionarmos seu amor, porque Ele nos ama de dez milhões de maneiras diferentes. Ama-nos a ponto de ser paciente, mesmo quando o questionamos. Ele sim poderia questionar nosso amor. Temos nós dado provas de nosso amor a Deus guardando seus mandamentos, obedecendo Sua palavra?

Conclusão

O amor de Deus é uma fonte inesgotável…e é infeliz aquele que questiona ao invés de beber dessa fonte. Ao invés de questionar o amor de Deus aceite-o. Pois a maior demonstração desse amor está no fato de Deus ter enviado Seu filho ao mundo para morrer pelos seus pecados, em seu lugar, pagando o preço de sua salvação. Certa senhora foi passar algumas horas com suas amigas, teve uma oportunidade para falar a respeito do amor de Cristo, citando João 3:16. Falou de tal maneira que uma de suas amigas disse: Eu não chamo a isso amor. Por que indagou a outra? Eu amo os meus filhos com amor de mãe, e eu não daria nenhum de meus filhos para morrer pela pessoa mais querida que tenho. E Deus deu seu Filho para morrer pelos seus inimigos!!Eu não posso chamar isso de amor. É preciso encontrar uma palavra maior que amor para descrever o que Deus fez por mim.

Pr.Cirino Refosco
cirinorefosco@pibja.org

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