Treinamento de liderança – Um trabalho urgente

Texto: Êxodo l8:13-27



Introdução

Ser Pastor nunca foi tarefa fácil, principalmente para os que levam a sério sua chamada para este trabalho. Com o passar do tempo, maiores são os desafios que se apresentam diante de nós como servos do Senhor que temos a responsabilidade de atender não só as necessidades espirituais do povo, mas muitas outras que surgem como conseqüência da modernidade que aí está. A obra principal da Igreja sempre foi e continuará sendo missões, que implica na restauração completa do individuo, e é responsabilidade nossa ajudar ao nosso semelhante para que tenha um encontro real com o Senhor Jesus Cristo, mas também ajudar os crentes na recuperação de seus traumas para que alcancem a maturidade cristã, porque sem a maturidade dos crentes não podemos alcançar os propósitos de Deus para Sua Igreja no mundo. O trabalho da Igreja não está limitado apenas aos cultos, é muito mais abrangente. Se não conseguirmos trabalhar a vida das pessoas para que se tornem participantes dos propósitos de Deus para a Igreja, estamos falhando em nosso trabalho. É necessário que cada crente se torne um soldado nesse grande exército que luta contra o pecado e contra satanás, um discipulo de Jesus e precisamos ter coragem para encarar a realidade e ver que ainda estamos muito longe de alcançar o que Deus deseja. Precisamos olhar para a obra missionária da Igreja e entender que pouco está sendo feito, diante dos desafios; há dificuldades enormes que precisam ser vencidas e não podemos fechar os olhos diante destes problemas. Fazer missões é enfrentar estes desafios que estão diante de nós; desafios estes, que nos acompanham a mais de um século, em se tratando de trabalho Batista no Brasil. É possível que muitos obreiros se encontrem cansados de tantos treinamentos, novos métodos, novos projetos; são tantas as fórmulas apresentadas e de vez em quando surge algo novo que se torna até a febre do momento, e achamos que é a solução para nossas Igrejas e ministérios mas logo percebemos que é difícil adaptar à nossa realidade e não conseguimos os resultados almejados. O que fazer então? Estamos a mais de 100 anos querendo padronizar experiências que outros tiveram em seus ministérios e até hoje não conseguimos. Cada ministério é um ministério e cada cidade ou região tem as suas características; cada povo tem seus costumes. Podemos aproveitar muitas coisas de outros ministérios mas não podemos esquecer que além de pastores ou missionários somos colocados por Deus em nossos ministérios como estrategistas; é nossa a responsabilidade de colocar a coisa certa no lugar certo, é nosso o dever de encontrar uma fórmula certa para o lugar certo. Estamos no ministério para descobrir o que Deus tem para o povo com quem trabalhamos e não como papagaios para ficar repetindo coisas que às vezes nada tem a ver com nossa realidade, precisamos descobrir o que dá certo onde estamos. Os grandes desafios da obra missionária da Igreja local não são aqueles impostos pelas tendências modernas, mas aqueles que nos perseguem desde o início, a falta de liderança preparada para a obra missionária da Igreja local. Esse é o mais grave problema que enfrentamos, pois não há como contabilizar o dinheiro que já foi gasto com trabalhos em Igrejas que sequer existem na atualidade; mas que foram até Igrejas fortes no passado. Sofreram a falta de continuidade como conseqüência da falta de uma liderança capaz. Quantos estão a interrogar, por exemplo, a respeito do grande número de Igrejas sem Pastor e de Pastores sem Igrejas? Os seminários estão formando milhares de Bacharéis anualmente, mas a obra missionária ainda é lenta. O que está acontecendo? Ou, o que está errado? Ao andarmos pelo Brasil vamos encontrar muitas Igrejas sofrendo e até morrendo; outras que já morreram, seus templos estão de portas fechadas. Posso citar o exemplos ocorridos nas diversas regiões do Brasil. (Coremas, Jaguaribe, Floresta de Porto Alegre, etc). Coremas, na década de 50 era uma das mais fortes Igrejas do sertão Paraibano, com registro de ofertas missionárias desse tempo, mas que em l970 foi dissolvida e até o templo vendido. Em l985 reiniciamos o trabalho na casa de um remanescente, compramos terreno e construímos um novo templo. Qual foi o problema? Falta de liderança para dar continuidade aquele trabalho. Há dezenas de casos semelhantes em todo país e em outros paises também. Quantas vezes um obreiro trabalha cinco ou seis anos em uma cidade dando o melhor de si, mas quando sai daquele campo o trabalho fica marcando passo e as vezes morre. Depois de alguns anos de sofrimento daquela Igreja, chega um novo Pastor e trabalha mais cinco ou seis anos, depois vai embora e o trabalho volta a quase zero. Quantos anos de investimento em salários, aluguéis, vidas e o trabalho passa décadas sem sair do lugar, não decola. Esse é um dos maiores problemas que enfrentamos em quase todo o país. O que fazer então? Precisamos fazer alguma coisa, pois esses problemas tem desestimulado muitas Igrejas nas ofertas missionárias. Esse problema não é só do Brasil, tenho ouvido vários missionários que estão em outros países e a situação é idêntica e até pior em alguns deles. Quando aceitei a Jesus em l977, vi isso em minha cidade natal, 24 anos se passaram e o trabalho não decolou. Muitos dizem que o problema é a frieza do povo sulista, mas não podemos aceitar, pois outras denominações crescem muito na mesma região. É sem dúvida um problema de falta de liderança onde a Igreja sofre muito com a falta de continuidade; cada vez que um pastor sai é um trauma para a Igreja. Deus me convocou para trabalhar na plantação de Igrejas; mas confesso que tive medo de passar pelos mesmos problemas que havia observado em outros lugares. Quando cheguei na Paraíba a primeira coisa que vi, foram Igrejas com mais de 40 anos marcando passo e outras quase mortas, fechando as portas de seus templos. Foi mais um motivo para temer. Pedi a Deus ajuda em meu ministério, pois não gostaria de gastar minha vida e depois olhar para trás e ver o trabalho caindo ou marcando passo. Também sei que há obreiros que não estão preocupados com isso e dizem que não são responsáveis pelo que acontece depois de seu ministério, pois fizeram um trabalho sincero e honesto. E há até os que desejam que o trabalho vá mal depois de sua saída, para que sinta sua falta. Se eu, como Pastor, não preparar a Igreja para andar sozinha, não fui um bom líder. A Igreja precisa ser preparada para andar independentemente da pessoa do líder. Aliás, o papel principal do líder é formar liderança que é a única forma de perpetuar seu trabalho. Se Moisés não tivesse preparado Josué, seu trabalho teria sido um fracasso; o que adiantaria tanto trabalho no deserto escaldante, tanto sofrimento, e o povo teria morrido às margens do Jordão após sua convocação à presença do Pai. E Moisés entraria na história, não pelo trabalho realizado na direção do povo de Israel, mas pela tragédia que causaria ao povo. A glória, o sucesso de Moisés dependeu do desempenho de seus sucessores, a quem treinou para este trabalho. Se Josué não tivesse conquistado Canaã, Moisés teria sido odiado pelos Israelitas até hoje, e não visto como um de seus maiores líderes. Assim o nosso sucesso ou fracasso depende de quem vem depois de nós, por isso precisamos gastar tempo no preparo de uma boa liderança.

I – DEUS DETERMINOU EM SUA PALAVRA O PREPARO DE LIDERANÇA PARA OBRA

Em Êxodo l8:l3-27, encontramos uma orientação segura quanto a necessidade que temos de auxiliares e sucessores; isso é percebido na primeira batalha enfrentada pelos Israelitas, contra os Amalequitas. Josué fora enviado com um grupo de soldados à peleja enquanto Moisés subiu ao cume do monte acompanhado de Arão e Ur. Enquanto Moisés estivera com as mãos levantadas Israel prevalecia, quando porém baixava, prevalecia Amaleque. Seus dois auxiliares, Arão e Ur desempenharam função importante colocando uma pedra debaixo de Moisés que assentou-se e eles sustentaram suas mãos até o final, e os amalequitas foram desbaratados. Mas não foi só isso, agora aparece na história um homem muito sábio, trata-se de Jetro, sacerdote em Mídia e sogro de Moisés. Ele veio ao encontro de Moisés trazendo Zipora e seus dois filhos, Gerson e Eliézer. Enquanto o genro julgava o povo , o experiente sacerdote só observava. Depois chamou Moisés e deu seu parecer sobre o trabalho. Moisés trabalhava muito, desde a alva até o pôr-do-sol; pensava fazer um grande trabalho, mas o sogro não gostou do que viu, e interrogou: QUE É ISTO QUE FAZES AO POVO? POR QUE TE ASSENTAS SÓ, E TODO O POVO ESTÁ EM PÉ DIANTE DE TI DESDE A MANHÃ ATÉ AO PÔR –DO –SOL? Moisés começou justificar sua atitude: É que o povo vem a mim para consultar a Deus; e quando tem alguma questão vem a mim para que eu julgue entre um e outro. É possível que Moisés estivesse esperando um elogio, mas foi repreendido por seu sogro que disse: NÃO É BOM O QUE FAZES, SEM DÚVIDA DESFALECERÁS, TANTO TU, COMO ESTE POVO QUE ESTÁ CONTIGO; POIS ISSO É PESADO DEMAIS PARA TI; TU SÓ NÃO O PODES FAZER. Jetro com sua experiência deu conselhos a Móisés: “Ensina a este povo os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho que devem andar e a obra que devem fazer. Procura dentre o povo, homens capazes, tementes a Deus, homens de verdade, que aborreçam a avareza; põe-nos sobre eles por chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dez; para que julguem este povo em todo o tempo. Toda causa grave trarão a ti, mas toda causa pequena eles mesmos julgarão; será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo. Se isto fizeres e assim Deus to mandar, poderás então suportar; e assim também todo este povo tornará em paz ao seu lugar”. Este é um dos muitos textos bíblicos que tratam do assunto liderança. Vemos que o bom líder não é aquele que faz tudo sozinho, mas aquele que divide a tarefa com outros lideres por ele preparados. Isso é maravilhoso, é Bíblico, é Divino. Foi assim que Deus falou através de JETRO. E Moisés jamais teria chegado onde chegou se não tivesse dividido o trabalho com seus auxiliares e se não tivesse preparado seu sucessor. Moisés preparou Josué; Elias preparou Eliseu; Jesus preparou onze; Paulo preparou Silas, Timóteo, Tito,etc. Precisamos da mesma forma preparar líderes para que nossas Igrejas não sofram a falta de continuidade em seus trabalhos.

II- A NECESSIDADE DE LIDERANÇA LOCAL PARA A OBRA MISSIONÁRIA DA IGREJA É URGENTE


Formação de liderança é o trabalho número UM do líder. Nossa vida está limitada ao tempo, pois nunca sabemos quanto temos pela frente; uma coisa é certa, sozinhos não conseguiremos chegar muito longe. Qualquer um pode sofrer o impedimento de seu ministério, e como ficaria o trabalho? Se você descobrisse que só lhe restam 4 meses de vida, o que faria nesse tempo? É responsabilidade nossa treinar pessoas para dar continuidade ao trabalho que estamos fazendo ou então teremos a tristeza de ver o trabalho despencando. Em 4 meses não poderia ganhar o mundo, mas poderia treinar algumas pessoas que treinariam outras pessoas e o trabalho continuaria. Centenas de Igrejas estão sofrendo com a falta de continuidade em seus trabalhos; esse é o quadro que precisa ser mudado. Lembro-me do início do trabalho no oeste catarinense, os mutirões missionários, as novas Igrejas surgindo… alguns anos passaram, obreiros saíram e o trabalho quase acabou em algumas cidades. Com a falta de continuidade veio também o descrédito diante da comunidade. Esse é um problema enfrentado em quase todos os estados, não só nos sertões, mas também nas grandes cidades, onde o trabalho foi referencial no passado e hoje se arrasta. Conheço Igrejas que estão a mais de quatro décadas marcando passo. Agora imaginemos o tamanho do investimento feito nestes trabalhos? Quantas pessoas deram suas vidas? De que adianta fazer um grande ministério, construir uma grande obra e depois ver no chão? Sempre tive medo de acontecer isso comigo, pois é a maior tragédia na vida de um obreiro. Então o maior problema da Igreja não é o pecado que se espalha pelo mundo, não são as seitas heréticas, o modernismo, mas a falta de continuidade em seu trabalho. E a única maneira para reverter a situação é investir no treinamento de liderança capaz. O maior erro da Igreja é ficar na espera de lideres de fora para fazer o trabalho. Muitas vezes esta espera é longa, e o ministério curto demais, não há tempo sequer para adaptação. Muitas famílias de obreiros e Igrejas sofrem traumas de um ministério mal sucedido. Quando falamos em treinamento de liderança, estamos falando em um dos assuntos mais sérios e urgentes da Igreja da atualidade. É a única fórmula para alcançar nosso país com a mensagem salvadora de Jesus Cristo. Cada Igreja precisa fazer a obra missionária treinando, enviando e sustentando seus obreiros e o líder é responsável em levar a Igreja a cumprir esse trabalho. Precisamos treinar os vocacionados da Igreja local para a realização da obra missionária e assim a Igreja não sofrerá com a falta de continuidade em seu trabalho.

III- SEPARANDO LIDERANÇA LOCAL PARA A OBRA MISSIONÁRIA DA IGREJA

O conselho de Jetro continua sendo bem atual, pois as mesmas qualidades que ele apresentou para um líder a 3500 anos, são as qualidades do líder de hoje, e para o líder do terceiro milênio. Ele disse: Escolha homens CAPAZES, homens TEMENTES A DEUS, homens de VERDADE, homens que ABORREÇAM A AVAREZA….Ex l8:21. Para analizar cada expressão deste texto gastaríamos muito tempo e não podemos faze-lo agora, mas temos o que precisamos observar na vida das pessoas que desejamos treinar. Cada líder deve trabalhar olhando para as pessoas que estão diante de si, e ver suas qualidades. Quando uma pessoa se destaca não podemos vê-la como um adversário,como alguém que vai competir conosco, mas como alguém que pode ser treinado. Devemos investir o máximo que podemos nestas pessoas para que se tornem líderes, grandes líderes e até melhores do que nós. Não tenhamos medo de ver nossos liderados prosperando, eles serão a nossa coroa. Vejo Pastores fazendo tudo para impedir o crescimento de seus liderados, com medo de perder seu posto, isso é muito triste. Quando Jetro falou em pessoas CAPAZES, estava dizendo que alguém que vai exercer esta função precisa ser fisicamente capaz; moralmente capaz; intelectualmente capaz e espiritualmente capaz. Se uma pessoa não é capaz, não pode estar exercendo liderança. Uma pessoa que não é capaz de cuidar de seus problemas, também não será capaz de ajudar outras pessoas nos seus problemas. Que sejam homens TEMENTES A DEUS, que levam a sério sua própria comunhão com Deus, que tenham vida devocional; que sejam bem sucedidos no cuidado espiritual de sua família. Não são todas as pessoas que tem condições de estar na liderança da Igreja do Senhor Jesus Cristo, pois há incrédulos dirigindo o rebanho do Senhor. Que sejam homens de VERDADE, pessoas que não tenham sua honestidade comprometida, que tenham seus negócios limpos, suas contas em dia, que não devem nada a ninguém a não ser o amor. Vivemos dias tenebrosos, onde Pastores são freqüentemente chamados de velhacos. Que sejam homens que ABORREÇAM A AVAREZA, no reino de Deus não há lugar para avarentos. Precisamos observar pessoas com estas qualidades e investir nelas sem medo, pois serão grandes líderes. Estas são qualidades interiores importantíssimas, e o maior segredo de um líder são os segredos de seu interior. Se não conhecermos os segredos de nosso interior tendo domínio sobre eles, nenhuma regra de liderança fará sucesso. O conselho de Jetro resume as qualidades de um líder: integridade,humildade, espiritualidade, coragem e dinamismo.

IV- TREINANDO LIDERANÇA LOCAL PARA A OBRA MISSIONÁRIA DA IGREJA

“Ensina-lhes os estatutos e as leis e faze-lhes saber o caminho em que devem andar e a obra que devem fazer.” Ex. l8:20 Ensinar é treinar. O desafio para nós é investir na vida das pessoas que julgamos capazes para a obra. Mas como fazer este trabalho? A primeira coisa que faz parte do treinamento é passar uma visão correta do reino de Deus “Onde não há visão o povo perece”. Nossa vida será de acordo com a visão que temos; vivemos e fazemos de acordo com a visão. E todo trabalho de treinamento começa com a visão que passamos para as pessoas que desejamos ajudar. Se a visão de uma pessoa está errada, perdemos tempo em qualquer ensino. Acho que alguns seminários precisam rever a visão que estão passando para seus alunos. Há coisas que são úteis e há coisas que atrapalham. Outra etapa é compartilhar tudo que sabemos e o que está ao nosso alcance. Há muitos bons livros que ajudam. Incentiva-los ao estudo, pois há muitos cursos de teologia ao alcance de qualquer pessoa. Dar oportunidade para que trabalhem, fazendo o acompanhamento ajudando nas coisas que precisam melhorar. O que estamos compartilhando aqui está ao alcance de todos, em qualquer lugar, até nos mais distantes sertões deste país. Nossa experiência mostra que é possível treinar as pessoas onde elas estão; pois dificilmente uma Igreja do sertão tem condições de pagar o seminário de um vocacionado, e além disso, esta pessoa dificilmente voltará para trabalhar no sertão. Nada se compara a um curso teológico onde o aluno está envolvido com o trabalho, dirigindo uma Igreja ou uma frente missionária. Esse tem sido nosso trabalho nestes l6 anos. Trabalhamos em uma região extremamente pobre, longe de qualquer recurso que há nas cidades grandes, mas contamos hoje com uma grande equipe de líderes preparados para dar continuidade ao trabalho que iniciamos. Não foi fácil, mas fizemos o possível para levar as pessoas nas clinicas de treinamento que aconteceram a nível de Convenção Estadual ou Associação. Muitas vezes pagamos até as inscrições destas pessoas, além de levar até o local. Depois conseguimos levar cursos para a região, como o Curso Elementar Em educação religiosa fornecido pelo SEC, com dois anos de duração; O IBB (Instituto Bíblico Brasileiro)com o curso médio de Teologia; pela ABECAR o curso de Licenciatura em Teologia; e ultimamente uma extensão de nosso Instituto Teológico Batista de Ensino Superior da Paraíba com o curso de Bacharel em Teologia. O treinamento de Lideres exige tempo e coragem, mas é o trabalho mais compensador que existe.

Conclusão

Um dos maiores impedimentos na realização da obra missionária é a falta de liderança capaz, que esteja disposta a pagar o preço e com isso a falta de continuidade no trabalho. As Igrejas estão prontas para investir quando o obreiro tem visão Divina. Tudo que tenho compartilhado, não é teoria, faz parte de minha experiência ministerial. Nos 16 anos de trabalho no sertão paraibano nos dedicamos desde o principio no treinamento de liderança local, quebrando o tabu de que a liderança das Igrejas teria que vir de fora. Trabalhamos em 13 cidades do Vale do Piancó, batizamos 747 pessoas que aceitaram Jesus; construímos 9 templos e 6 casas pastorais; criamos três colégios e levamos um seminário para a região. Mas este não foi o trabalho mais importante. O que mais me gratifica é ver que 100% da liderança destas Igrejas, Congregações e colégios é formada de pessoas que tive o privilégio de batizar e treinar. Temos hoje 08 pastores consagrados e mais de 15 seminaristas fazendo o curso de Bacharel em Teologia, 7 missionárias e uma equipe de evangelistas; 3 diretores dos colégios e a maioria dos professores. Saí da região para um novo ministério, mas tranqüilo, porque deixei pessoas preparadas para continuar a obra que iniciamos, esperando que eles continuem treinando lideres e plantando novas Igrejas.

Pr.Cirino Refosco
cirinorefosco@pibja.org

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