Bem, está provado pela história, pela arqueologia e pela ciência das religiões que jamais existiu uma criatura humana neste mundo que fosse indiferente à vida eterna, e que não sentisse bem acentuadamente o desejo de desvendar o mistério do além túmulo. Cícero, um notável orador de Roma, já afirmava que não havia povo, por mais bárbaro que fosse, que tivesse a convicção da existência de Deus, que não se impressionasse com a vida após a morte. Os templos, os altares, os ídolos, tudo isso indica um profundo sentimento e aspiração pela vida eterna. Alguns indígenas, colocavam junto aos mortos as armas que estes usavam em vida, na certeza que lhe seriam úteis no além. Os Graenlândios enterravam junto às crianças, um cachorro, para guia-las através dos bosques sombrios do além. Os Egípcios punham a disposição do morto, em sua tumba, um esboço do mapa das regiões do além. Os Gregos punham uma moeda de prata na boca do cadáver para pagar a travessia do rio que segundo eles, separa este mundo do além. Os Tailandeses só enterram o cadáver quando têm recursos para comprar búfalos, o maior número possível, para sacrifica-los diante do túmulo, para que os espíritos dos búfalos conduzam o espírito do ente querido até a eternidade. Chegam até uma centena de animais sacrificados e a carne é comida por pessoas pobres. Plutarco afirmou: Se tiverdes oportunidade de atravessar o mundo, encontrareis vilas e cidades sem escola, sem bibliotecas, sem muros, sem teatros, mas nunca encontrareis lugar sem templos e sem deuses. Isso revela a preocupação do homem com a vida além túmulo. O crente, santo Agostinho, filho de santa Mônica, quanto pela primeira vez ouviu o evangelho de Cristo em lágrimas e arrependimento confessou seus pecados e expressou-se deste modo: “Fizeste-nos para TI Senhor, e inquieto estará o nosso coração até que descanse em ti”. Da mesma maneira encontramos na passagem lida, a história de um moço de alta sociedade, príncipe entre os judeus, que embora vivesse uma vida de regalia, aparentemente feliz, mas não tinha paz real, pois no íntimo a sua alma experimentava um vazio, uma inquietação, um profundo medo da condenação eterna, como também, uma grande necessidade de salvação; por isso procurou encontrar-se com Jesus, o mestre rabino, e disse-lhe: Bom mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? E Jesus percebendo o que estava em seu coração disse: Por que me chamas bom? Qual tua intenção? Ninguém há bom senão Deus. E entrando em sua questão, acrescentou: Conheces os mandamentos? Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe. Disse o jovem: Todas estas coisas tenho guardado desde a minha infância. Então Jesus concluí: Ainda falta-te uma coisa. Vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; e vem e segue-me. Mas ouvindo isto, retirou-se triste, porque era muito rico. Vida eterna é a maior benção na vida de uma pessoa, pela qual todas as almas anelam, mas nem todas sabem como alcançar. O texto em estudo nos esclarecerá mostrando as condições para ter a vida eterna.
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