A grande negligência na evangelização dos últimos séculos resume-se em três palavras: FALTA DE PAIXÃO. Temos pessoas para o trabalho (muita gente nas Igrejas e nos seminários), temos ferramentas (há dezenas de métodos), temos material para escolher (muita literatura); entretanto falta alguma coisa, isto é, o fogo santo que venha inflamar nosso povo e o ponha a arder para a glória de Deus- falta paixão por Jesus e pelas almas perdidas. Sem esta paixão não chegaremos a lugar algum; passaremos a vida marcando passo como tem acontecido até aqui.
Podemos ilustrar com o ateu no incêndio da Igreja numa época em que não havia corpo de bombeiros. O templo pegou fogo e todos os membros foram ajudar a apagar o incêndio, e lá estava um ateu ajudando. Um conhecido brincou com ele, dizendo que era a primeira vez que o via na Igreja, e o ateu respondeu: Também é a primeira vez que a Igreja pega fogo! Que pena que tantas Igrejas sejam frias a ponto de não atrair as pessoas.
Quando pensamos em semear a palavra de Deus, nosso exemplo máximo é Jesus Cristo. Ele deixou o céu e veio a este mundo, andando pelos caminhos e valados, aldeias e cidades, pregando a boa nova de salvação, curando os enfermos, alimentando os famintos, etc. Durante seu ministério fez discípulos e os ensinou pregar o evangelho, mostrou-lhes o mundo e suas necessidades, dizendo que os campos estavam brancos para a ceifa. Depois enviou-os de 2 a 2 e a experiência foi maravilhosa, voltaram dizendo que até os demônios lhes eram sujeitos. Na parábola do semeador ensinou-lhes que os corações não são todos iguais, alguns estão prontos, mas outros precisam de trabalho árduo, são insensíveis; outros tem pedras e espinhos, mas a semente deve ser semeada. A semente é a palavra de Deus. O trabalho de evangelismo é um trabalho árduo, e precisa de pessoas apaixonadas.
Depois de sua morte e ressurreição, Jesus apareceu aos seus discípulos lembrando a missão principal, e disse: “Portanto, ide e ensinai todas as nações batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu nos tenho mandando, e eis que estou convosco todos os dias e até a consumação dos séculos.”
Antes de subir ao céu, Jesus convidou aquela pequena Igreja formada pelos discípulos, para que fossem à Galiléia, pois desejava encontrar-se com eles, para deixar sua última mensagem “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que há de vir sobre vós e ser – me – eis testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda Judéia, Samaria e até aos confins da terra” Atos 1:8.
O trabalho iniciado pelo Mestre estava agora sob a responsabilidade daquela Igreja, e posteriormente a nós. Pregar o evangelho sempre foi e será a tarefa suprema da Igreja. Quando a Igreja perde esta visão, perde também sua finalidade neste mundo e pode fechar as portas de seus templos.
Deus fala através de Sua Igreja, e é nossa a responsabilidade de pregar o evangelho. “Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; da minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da minha parte. Quando eu disser ao perverso: Certamente morrerás; e tu não o avisares para o advertires de seu mau caminho, para lhe salvar a vida, esse perverso morrerá na sua iniqüidade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.” Ez. 3:17,18.
Por que não temos alcançado o mundo ainda? Por que o evangelho ainda não chegou a todos os povos? Por que somos tão limitados? Porque pensamos só em nós mesmos, e não nas pessoas que se perdem. O trabalho que Jesus iniciou está agora em nossas mãos e somos responsáveis.
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