Fazendo as escolhas da vida

Texto: Deuteronômio 30:11-20



Introdução

Todos nós fomos dotados de inteligência e capacidade para fazer escolhas na vida. Isso começa muito cedo em nossa existência e podemos dizer que nossa vida nada mais é do que o resultado de escolhas que fazemos ao longo dos anos. Você pode escolher entre o certo e o errado! Você pode escolher entre o bom e o ruim! Você pode escolher entre o falso e o verdadeiro! Você escolhe estudar ou não estudar! Você escolhe entre a fantasia e o real. Você escolhe entre servir a Deus e ao diabo! Você escolhe o curso que vai fazer, a pessoa com quem vai casar, etc. Tudo na vida temos oportunidade de escolher. Se as escolhas foram mal feitas, a responsabilidade é nossa. Também temos que admitir que as vezes somos mal orientados. Aqui está a importância da religião em nossa vida, pois se minha religião não me ajuda nas decisões que preciso tomar, não tem sentido. Abraão e Ló tiveram as mesmas oportunidades na vida, puderam fazer suas escolhas no decorrer dos anos (Gen. 13:7-9), no entanto, um terminou seus dias como o pai da fé e o outro embriagado, tendo praticado dois incestos (Gen. 19:1-11, 26, 36). A diferença está nas escolhas que fizeram. Abraão é filho de Terá, nascido em Ur dos Caldeus, descendente de Sem, filho de Noé. Viveu entre os anos 2000 e 1700 aC., considerado contemporâneo de Hamurabi, rei da Babilônia. Abraão é o pai dos Judeus através de Isaque, mas é também pai dos Árabes, através de Ismael, que nasceu quando ele tinha 86 anos, e Isaque, quando tinha 100 anos. Após a morte de Sara, Abraão desposou Quetura e teve mais 6 filhos, morrendo aos 175 anos de idade e foi sepultado junto a Sara na gruta de Macpela em Hebron. É considerado pelos cristãos, mulçumanos e judeus como o pai dos fiéis e suas principais características são: Obediência, altruísmo, coragem, fidelidade, oração e fé. Ló, sobrinho de Abraão, portanto, da mesma descendência. Era filho de Harã, e habitou com o tio até a separação, indo Abraão para Canaã e Ló para Sodoma. Embebedando-o suas filhas, ficaram grávidas, e seus filhos deram origem a dois povo que tornaram-se inimigos de Israel, os Amonitas e os Moabitas. Gênesis 19:30-38. Há certos momentos na vida, que todos nós nos deparamos com a necessidade de fazermos escolhas, opções. E todos queremos fazer escolhas certas. Abraão e Ló também tiveram oportunidades de fazer escolhas. Mas o que é uma boa escolha? De que depende uma boa escolha? 1- Não depende de muito pensar. Pensar muito é bom mas não assegura uma boa opção e as vezes acaba confundindo e deixando as pessoas mais inseguras. 2- Não depende de muita racionalização. Racionalizar é necessário mas não é tudo, pois a prática é bem diferente da teoria. 3- Não depende dos muitos conselhos. É bom ouvir opiniões diferentes, porém, com o cuidado de não se deixar influenciar por maus conselhos, pois no final quem vai ganhar ou perder é você. Mas de quê depende então uma boa escolha? Uma boa escolha depende de atenção aos princípios de Deus. E podemos dividir o assunto em duas partes: Escolhas precipitadas e escolhas com sabedoria.

I- Escolhas precipitadas


Observando os perigos de más escolhas, podemos ter base que nos ajudam a perguntar o que Deus quer ou o que Deus não quer que façamos. Ele sabe o que é melhor para nós. Ele tem interesse em nossos acertos. Deus nos ama e não quer que erremos na vida, não quer que frustremos os seus planos para nós, pois seus planos nos fazem felizes, realizados e satisfeitos com a vida. O que seriam estas escolhas precipitadas? 1- A aproximação do pecado. Ló não se apercebeu que seus objetivos o estavam aproximando do pecado estabelecido em Sodoma. O cristão precisa ter sabedoria para não fazer negócios que o aproxime do pecado. Vender produtos em festas mundanas: Quem garante que a pessoa não será influenciada? Talvez Ló pensasse: Tenho meus princípios e nada vai me influenciar! Mas terrivelmente influenciado pelos costumes de Sodoma e Gomorra e toda sua família. Isso é brincar com o pecado. E brincar com o pecado é o mesmo que catucar , mexer onça com vara curta. Será morte na certa. Com o pecado não se brinca. Mas há muita gente brincando com o pecado. Namoro com pessoas ímpias. Muitos jovens crentes tem sucumbido em suas vidas espirituais em nome do amor. Muitos estão iludidos achando que poderão ganhar o namorado não crente para Jesus. Enquanto um é ganho para Jesus, 10 crentes se desviam do evangelho através de namoro com ímpios. Com o pecado não se brinca. O pensamento do ímpio é sexo antes do casamento e isso é contrário aos princípios divinos. 2- A aproximação de homens indignos e maus. “Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor” Gen. 13:13. É lamentável o numero de crentes em Jesus que se encontram em situações delicadas e deprimentes por haverem-se aliado à pessoas totalmente avessas aos princípios divinos. Negócios, sociedades, amizades, casamentos, etc. 3- Perder o sentido da verdadeira irmandade. Ló, ao querer apaziguar os homens da cidade, foi julgado por eles e acusado. “Eles, porém, disseram: Saí daí! Disseram mais: Esse indivíduo, como estrangeiro, veio aqui habitar e quer se arvorar em Juiz! Agora te faremos mais mal a ti do que a eles. E arremessaram-se sobre o homem, isto é, sobre Ló, e aproximaram-se para arrombar a porta” Gen. 19:9. A pessoa de Deus que vive em meio ao pecado, um dia será julgado pelo próprio povo com quem está convivendo, será desprezado e humilhado. Habitar no meio ímpio sempre traz conseqüências. 4- Tornar-se indolente quanto ao obedecer à voz de Deus. “E, ao amanhecer, os anjos apertavam com Ló, dizendo: Levanta-te, e toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças no castigo da cidade. Ele, porém, se demorava; pelo que os anjos pegaram-lhe pela mão a ele, à sua mulher, e às suas filhas, sendo-lhe misericordioso o Senhor. Assim, o tiraram e o puseram fora da cidade” Gen. 19:15, 16. Deus estava querendo salvar Ló mas ele demorava-se em atender à voz de Deus. Muita gente está brincando com Deus, zombando de Deus. Deus adverte, mostra o caminho, mas as pessoas por acomodação, acabam demorando em obedecer e as vezes quando despertam é tarde demais. O fogo do juízo divino já desceu. 5- Tornar-se pessimista diante da vontade de Deus. “Quando o tinham tirado para fora, disse um deles: Escapa-te, salva a tua vida; não olhes para trás de ti, nem ter detenhas em toda esta planície; escapa-te lá para o monte, para que não pereças. Respondeu-lhes Ló: Ah, assim não, meu Senhor!” Gen. 19:17, 18. Deus estava salvando a vida de Ló, mas ele estava reclamando. Assim não, meu Senhor! 6- Prejudicar a família. “E a mulher de Ló olhou para traz e converteu-se em uma estatua de sal” V. 26. A família de Ló foi prejudicada por causa de sua ganância e com isso foi morar em Sodoma. A família se acostumou com aquele ambiente e não se conformava em ter que sair daquele lugar. Antes de tomar uma decisão, precisamos analisar para saber se não vai prejudicar a família. Até mesmo uma mudança de local. Sair de perto da Igreja para morar em lugares distantes prejudica a vida espiritual de nossos filhos. Precisamos possibilitar oportunidades para nossa família. Ló estragou sua vida e família. Uma escolha errada pode enraizar-se em nós de tal maneira que não consigamos mais dizer não e nem deixar o pecado. 7- Os critérios de escolhas erradas podem tornar-se hereditários. “Então a primogênita disse à mais nova: Nosso pai está velho, e não há homem na terra que venha unir-se conosco…” v. 31. Havia homens na terra, sim! Era só esperar o tempo certo. Há escolhas que deixam resultados negativos na vida de nossa família. Quando os pais escolhem errado a tendência dos filhos é fazer o mesmo. Aqui entra a mordomia da influencia.

II- Escolhas feitas com sabedoria

Para não fazermos escolhas precipitadas, precisamos observar os princípios divinos e aplica-los com clareza em nossas decisões. Não podemos confundir: 1- Coragem com precipitação. Abraão foi corajoso ao lutar contra os reis a fim de possuir a terra de Canaã porque confiava nas promessas de Deus. “Porque toda esta terra que vês, eu ta darei, a ti e a tua descendência, para sempre” Gen. 13:15. 2- Obediência com indolência. Ló se acomodou a Sodoma, acostumou-se com o pecado. Abraão insistiu com Deus pela vida de Ló por amor a ele. 3- Sabedoria com esperteza. Na ânsia de prosperar e crescer, Ló foi armando suas tendas em direção ao pecado. Abraão, porém, esperou em Deus e na sua promessa. “E disse o senhor a Abraão, depois que Ló se apartou dele: Levanta agora os olhos desde o lugar onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, te ei de dar a ti e à tua descendência, para sempre” Gen. 13:14,15. 4- Fé e irresponsabilidade. Mesmo diante dos anjos, mesmo diante da seriedade do que estava para acontecer, Ló não se conformava em ter que abrir mão de tudo e sair da cidade. Abraão, por sua vez, abriu mão de tudo, crendo que o mesmo Deus que o estava chamando, iria suprir as suas necessidades e protege-lo. 5- Esperança com Utopia. Quando Abraão, por um momento deixou de ter esperança na promessa de Deus, que lhe daria um filho, tomou a decisão errada aceitando ter um filho com Hagar.

Conclusão

Há muito o que se aprender com as escolhas feitas por Abraão e Ló, mas o mais importante é guardar no coração os princípios de Deus, pois apenas estes são a base sólida que nos permitirá fazer escolhas certas na vida.

 

Pr.Cirino Refosco
cirinorefosco@pibja.org

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