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Presente, mas não notado

Andando no centro de uma grande cidade em dias de movimento de pessoas, como em ocasiões especiais – natal, dia das mães, dia dos namorados, páscoa, etc. é muito comum passar perto de pessoas conhecidas, parentes, amigos,ou irmãos em Cristo e não perceber a presença deles perto de nós. A pessoa está ali, mas não percebemos que está perto de nós. Não estamos conscientes de sua presença ali; por isso não cumprimentamos, não conversamos, simplesmente porque não percebemos sua presença. Na vida espiritual acontece algo semelhante, Deus está em todo lugar, e muitas vezes não nos percebemos de sua presença. Jesus disse: “Eis que eu estou convosco até a consumação dos séculos”. Jesus está perto de nós e precisamos perceber sua presença. A percepção da presença divina é indispensável para a santificação de nossas vidas. Percepção é o ato de perceber, é tomar consciência, conscientizar-se. E algumas coisas acontecem quando nos percebemos da presença divina em nossas vidas.

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O Salvador cansado

Nosso Senhor é o maior exemplo de trabalho e paixão pelas almas perdidas; pois ninguém se atreveria andar a pé tanto tempo como nosso mestre andou. Jesus saiu da Judéia com destino a Galiléia, e teria que passar por Samaria. São três províncias, que correspondem a três estados. Agora se encontrava junto ao poço que Jacó dera a José, e seu corpo estava cansado. O cansaço físico maltrata, mas o repouso repõe as energias.
Muito pior é o cansaço emocional ou intelectual. Você já ficou cansado com alguém? As vezes é aquela pessoa que você tentou ajudar mas não valeu seu esforço! Quantas horas de conversa, mas tudo em vão. Não tem coisa pior do que ensinar alguém, mas a pessoa não aprende! Então você diz: Já estou cansado de te ensinar porque você não aprende. Os erros repetidos de uma pessoa também nos cansam. Quantas oportunidades você dá para uma pessoa e as vezes não adianta. Isso cansa muito. Cansa mais do que o trabalho.
Pensemos então no quanto nossos pecados tem cansado nosso salvador? Jesus tinha fome e sede de abençoar as pessoas, mas eles rejeitavam o pão da vida. Jesus deve ter se cansado com a hipocrisia dos fariseus, deve ter se cansado com o legalismo dos escribas, deve ter se cansado com a incredulidade dos Judeus a ponto de chorar sobre Jerusalém “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas aqueles que te são enviados, quantas vezes eu quis ajuntar-te como a galinha ajunta os pintinhos debaixo das asas e tu não quiseste.” Jesus deve ter se cansado com a falta de fé dos discípulos “Homens de pouca fé, até quando vos hei de suportar?” Sim, o pecado, a difamação, a dureza de coração deve ter-lhe causado canseira…
O que pensa Jesus da Igreja do século XXI? O que pensa de nossas Igrejas e de nossas vidas em particular? Deixemos que nosso salvador nos diga o que sente de nossa realidade. Precisamos traçar um quadro de nossa realidade espiritual…

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As dimensões de uma vida completa

O apóstolo João, exilado na ilha de Patmos, encontrava-se privado de toda liberdade. Exceto a de pensar. Por isso gastou seu tempo meditando. Lembrou-se do antigo sistema político e as injustiças que continha; meditou sobre a Jerusalém antiga e sua devoção superficial e aquele ritualismo ultrapassado. Mas em meio a estas visões antigas foi-lhe dado uma nova visão, de algo novo e grandioso. Viu uma Jerusalém nova e Santa descer do céu, vinda de Deus. Era uma cidade plena, completa em todas as suas dimensões. Ao descrevê-la João diz: “O seu comprimento, largura e altura são iguais” Entendemos que nunca poderia haver desequilíbrio na nova cidade, tinha que ser completa em todos os seus aspectos. O livro de apocalipse é, para muita gente, um livro estranho e de difícil de interpretação, mas encontramos nele verdades profundas. E esse texto que lemos inclui uma dessas verdades. Quando João fala da nova cidade, descreve uma cidade ideal, porque não dizer uma sociedade ideal, completa em todos os seus aspectos. É isso que as pessoas desejam! Este é o anseio de todos os povos e nações. Mas nossas vidas são imperfeitas. Há no mundo grandes homens e grandes mulheres, mas…todos são imperfeitos. Como conseguir uma sociedade perfeita se nós que a formamos somos imperfeitos? A civilização ocidental é uma grande civilização, que enriqueceu o mundo com suas magníficas criações do renascimento com doces acordes de Hendel, a majestade suave de Bethoven, e a revolução industrial; mas quantos males o colonialismo causou a este povo? Muitas pessoas foram prejudicadas. Quase sempre após uma declaração de grandeza há uma virgula, mostrando as imperfeições. Alguns aspectos foram grandes e outros mesquinhos. A vida, porém, deveria ser perfeita em todos os seus aspectos. Mas para ser completa precisa das três dimensões citadas neste texto. Comprimento, largura e altura. O comprimento da vida é o caminho interior que cada um de nós segue, a fim de realizarmos os objetivos e as ambições pessoais; é a preocupação intima pelo bem estar pessoal e pelas próprias responsabilidades. A largura é a preocupação exterior pelo bem estar dos outros. A altura da vida é o caminho para Deus. A vida perfeita forma um triângulo coerente. Sem o desenvolvimento de cada parte do triângulo, nenhuma vida pode ser completa. Nenhum crente pode ser discípulo.

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